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Tanakh

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(Redirecionado de Tanaque)
 Nota: Se procura versão cristã do artigo, veja Antigo Testamento.
Seção do livro do Gênesis (בראשית), trecho da história de Jacó, Raquel e Labão

O Tanakh (em hebraico: תַּנַ"ךְ; ([tɑːˈnɑːx], pronunciado [taˈnaχ] ou [təˈnax];[1]), também conhecido como Bíblia Hebraica, é uma antologia de textos considerados sagrados para os judeus. É composto por 24 livros, divididos em três seções - Torá, Nevi'im e Ketuvim - e constitui a base do Antigo Testamento. A Torá é composta pelos livros de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, que segundo a tradição foram escritos por Moisés, narram as origens da humanidade e do povo hebreu e apresentam a lei mosaica. O Nevi'im é composto pelos livros de Josué, Juízes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel e os profetas menores, que contam a história dos reinos de Israel e Judá. Já o Ketuvim é composto pelos livros de Salmos, Provérbios, , Cantares, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras-Neemias e Crônicas, que reúnem diversos textos literários e narrativos escritos ao longo da história do povo hebreu.

Diferentes ramos do judaísmo e do samaritanismo preservaram diferentes versões do cânone, incluindo o texto da Septuaginta do século III a.C. usado no judaísmo do Segundo Templo, a Peshitta siríaca, o Pentateuco samaritano, os Manuscritos do Mar Morto e, mais recentemente, o Texto Massorético medieval do século X compilado pelos massoretas e usado hoje no judaísmo rabínico.[2] Os termos "Bíblia Hebraica" ou "Cânon Judaico" são frequentemente confundidos com o Texto Massorético. No entanto, o Texto Massorético é uma versão medieval e um dos vários textos considerados autoritativos por diferentes tipos de judaísmo ao longo da história.[2] A versão atual do Texto Massorético é composta de textos em hebraico antigo, com exceção de dois livros, o de Daniel e o de Esdras, que contêm trechos em aramaico.[3]

Terminologia

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Tn"k é o acrônimo formado a partir das três primeiras letras das divisões tradicionais do texto massorético: Torá, Nevi'im e Ketuvim (Instrução, Profetas e Escritos) — que resulta em TaNaK. O Tanakh é passado de geração em geração na forma escrita, conforme a tradição rabínica de transmitir a totalidade apenas de boca a boca e face a face, essa tradição ficou conhecida como a Torá oral, que foi compilada nos Targumim, no Talmude, em diversos midrashim e em outros escritos rabínicos.

O acrônimo "TaNaK" é documentado na literatura rabínica pós-talmúdica. Durante esse período do Talmude o termo "Tanakh" não foi usado. Em vez disso, foi preferido o termo Mikrá ou Miqrá,[Notas 1][4] isso porque os textos do Tanakh eram "lidos" em público. Foi devido a esse costume que até hoje se usa o termo Mikrá, pois logo subentende-se como se referindo a praticar a leitura, estudo e comentários acerca dele. No hebraico moderno, o uso dos termos é intercambiável.[Notas 2]

Desenvolvimento e codificação

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Não há um consenso acadêmico sobre quando o cânone dos judeus foi fixado: alguns acadêmicos argumentam ter sido fixado durante a dinastia dos Asmoneus,[5] enquanto outros argumentam que só foi consertado no primeiro século ou até mesmo mais tarde.[Notas 3]

O Talmude diverge sobre quem compilou o Tanakh. Em alguns trechos diz que a maior parte do Tanakh foi compilado pelos homens da Grande assembleia — suposta linhagem de sábios entre Esdras e o período rabínico — e que a tarefa foi concluída em 450 a.C. e desde então permanece inalterada.[Notas 4] Outras partes do Talmude dizem que Esdras reescreveu o Tanakh por completo, trocando a escrita fenícia ou paleo-hebraica para a assíria.[6]

O cânon de 24 livros é mencionado no Midrash Qoheleth 12:12: Quem reúne em sua casa mais de 24 livros traz confusão.[7]

Escrita e pronúncia

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O sistema original de escrita dos textos está em abjad: em escrita consonantal, exceto por algumas letras que também podem representar som vocálico ("matres lectionis").[8]

Foi na Idade Média que eruditos conhecidos como massoretas criaram um sistema que padronizou a vocalização, que se deu principalmente por Aaron ben Moses ben Asher, da escola de Tiberíades, baseado na tradição oral da leitura do Tanakh, daí o nome de vocalização tiberiana, com inclusões inovadoras de Ben Naftali e dos exilados babilônicos.[9]

Apesar desse processo tardio, o uso sinagogal mantêm a pronúncia e cantilação para manter um laço com a revelação do Sinai, pois, uma vez sem esses recursos de pausas e cantilação tornar-se-ia tarefa impossível a leitura do texto na sua forma original.[10] A combinação de um texto (מִקְרָא - miqrā) à sua pronunciação (נִיקּוּד - nîqqûḏ) com a cantilação (טְעַמִים - ṭəʿamîm) abre ao leitor um entendimento significativo, percebendo as nuances no fluxo das sentenças textuais.

Organização

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Sua subdivisão consiste de 24 livros, sendo que I e II Samuel, I e II Reis e I e II Crônicas e Esdras e Neemias contam como sendo um só livro cada dupla e também os Doze profetas menores, considerados um só livro. Em hebraico, como se fosse um padrão, o livro leva o nome da primeira palavra proeminente.

Tradicionalmente, a Bíblia Hebraica é dividia em três agrupamentos:

Torá (Literalmente תּוֹרָה "ensino"), comumente conhecido por Pentateuco ou "Cinco livros de Moisés". Na versão impressa (não em rolos) é frequentemente chamada de Amishá Humshi Torá (חמישה חומשי תורה) e informalmente Humash.

  1. Bereshit (בְּרֵאשִׁית, literalmente "Em princípio")
  2. Shemot (שִׁמוֹת, literalmente "Nomes")
  3. Vayikrá (וַיִּקְרָא, literalmente "E disse")
  4. Bamidbar (בְּמִדְבַּר, literalmente "No deserto")
  5. Devarim (דְּבָרִים, literalmente "Palavras")

Nevi'im (נְבִיאִים, "Profetas") é a segunda parte do Tanakh, fica entre Torá e Ketuvim, contendo dois subgrupos, Profetas pioneiros (נביאים ראשונים Nevi'im Rishonim, as narrativas de Josué, Juízes, Samuel e de Reis) e dos Últimos Profetas (נביאים אחרונים Nevi'im Aharonim, os livros de Isaías, Jeremias e Ezequiel e dos Doze profetas menores).[Notas 5] Esta coleção inclue livros que vão desde a saída do Egito e consecutivamente a entrada em Israel até o Cativeiro babilônico da última tribo de Israel (fechando assim o "período de profecia").

Sua distribuição não é cronológica, mas substantiva:

  1. (יְהוֹשֻעַ / Yəhôšūʿa)— Josué
  2. (שֹׁפְטִים / Šōfṭîm)—Juízes
  3. (שְׁמוּאֵל / Šmû'ēl)—Samuel
  4. (מְלָכִים / Məlāḵîm)—Reis
  5. (יְשַׁעְיָהוּ / Yəšaʿyahû)— Isaías
  6. (יִרְמְיָהוּ / Yirəmyahû)— Jeremias
  7. (יְחֶזְקֵאל / Yəḥezqē'l)— Ezequiel

Os Doze profetas menores (תרי עשר, Trei Asar, "Os doze") são considerados apenas um único livro ou rolo:

  1. (הוֹשֵׁעַ / Hôshēʿa)—Oseias
  2. (יוֹאֵל / Yô'ēl)—Joel
  3. (עָמוֹס / ʿĀmôs)—Amós
  4. (עֹבַדְיָה / ʿŌvaḏyâ)—Obadias (Abdias)
  5. (יוֹנָה / Yônâ)—Jonas
  6. (מִיכָה / Mîḵâ)—Miqueias
  7. (נַחוּם / Naḥûm)—Naum
  8. (חֲבַקּוּק / Ḥăvaqqûq)—Habacuque
  9. (צְפַנְיָה / Ṣəfanyâ)—Sofonias
  10. (חַגַּי / Ḥaggai)—Ageu
  11. (זְכַרְיָה / Zəḵaryâ)—Zacarias
  12. (מַלְאָכִי / Mal'āḵî)—Malaquias
Salmo 122 ("Que alegria quando me disseram..."), um dos Cânticos de Subida (שִׁיר הַמַּעֲלוֹת)

Ketuvim (כְּתוּבִים, "Escritos") consiste de 11 livros:

Livros Poéticos
  1. Tehillim (Salmos) תְהִלִּים
  2. Mishlê (Provérbios) מִשְׁלֵי
  3. Iyyôv () אִיּוֹב

Nos manuscritos massoréticos (e em algumas edições impressas), Salmos, Provérbios e Jó são apresentadas na forma de duas colunas especiais que enfatizam as paralelas stich nos versos, que são uma função da sua poesia. Coletivamente, esses três livros são conhecidos como Sifrei Emet (um acrônimo dos títulos em hebraico: איוב, משלי, תהלים produzindo assim Emet (אמ"ת), que em hebraico significa "verdade").

Esses três livros são também os únicos no Tanakh com um sistema especial de notas de cantilação que são projetadas para enfatizar pontos paralelos dentro dos versos. No entanto, o começo e o fim do livro de Jó estão no sistema normal de prosa.

Cinco Rolos (Hamesh Megillot)

As Cinco Megillot (Hamesh Megillot) são lidas em voz alta na sinagoga em ocasiões especiais [indicadas entre colchetes], como se pode ver abaixo.

  1. Šīr Hašīrīm (Cântico dos Cânticos ou Cantares de Salomão) שִׁיר הַשִׁירִים [Pessach ou Páscoa judaica]
  2. Rûṯ (Rut) רוּת [Shavuot]
  3. Êkhah (Lamentações) אֵיכָה [Tisha B'Av]; o livro também é chamado Kinnot em hebraico.
  4. Qōhele (Eclesiastes ou Coélet) קֹהֶלֶת [Sukkot]
  5. Esēr (Ester) אֶסְתֵר [Purim]

Os cinco livros relativamente curtos: Cântico dos Cânticos (ou Cantares), Rute, Lamentações, Eclesiastes e Ester são coletivamente conhecidos como Hamesh Megillot (Os cinco rolos). Esses são os livros mais recentes coletados no cânone judaico, com as partes mais recentes tendo datas que vão até o segundo século a.C. Esses pergaminhos são tradicionalmente lidos ao longo do ano em muitas comunidades judaicas.

Além dos três livros poéticos e dos cinco rolos, os livros restantes em Ketuvim são Daniel, Esdras-Neemias e Crônicas. Embora não haja um agrupamento formal para esses livros na tradição judaica, eles, no entanto, compartilham uma série de características distintivas.

  1. Suas narrativas descrevem abertamente eventos relativamente tardios (isto é, o cativeiro babilônico e a subsequente restauração de Sião).
  2. A tradição talmúdica atribui autoria tardia a todos eles.
  3. Dois deles (Daniel e Esdras) são os únicos livros no Tanakh com partes significativas em aramaico.
Os livros de relatos
  1. Dānî'ēl (Daniel) דָּנִיֵּאל
  2. ʿEzrā (EsdrasNeemias) עֶזְרָא
  3. Divrê hayyāmîm (Crônicas) דִּבְרֵי הַיָּמִים

A tradição textual judaica nunca finalizou a ordem dos livros em Ketuvim. O Talmude Babilônico (Bava Batra 14b — 15a) dá sua ordem como Rute, Salmos, Jó, Provérbios, Eclesiastes, Cantares de Salomão, Lamentações, Jeremias, Daniel, Ester, Esdras e Crônicas.

Nos códices massoréticos Tiberiano, de Aleppo e de Leninegrado dão sua ordem como Crônicas, Salmos, Jó, Provérbios, Rute, Cântico de Salomão,[Notas 6] Eclesiastes, Lamentações de Jeremias, Ester, Daniel e Esdras.

Principais edições críticas

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Menino estudando num Cheder, escola judaica ortodoxa

Várias edições impressas da Tanakh foram compostas ao longo dos anos, porém algumas se destacam pela sua importância nos estudos das Escrituras judaicas, geralmente referidas como Biblia Hebraica (em latim):

Bíblia Hebraica de Kittel (BHK)

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O hebraísta Rudolf Kittel publicou na Alemanha duas edições da Biblia Hebraica (BH), sendo a primeira (BH1) em 1906 e a segunda (BH2)[Notas 7] com pequenas revisões em 1913.[Notas 8][15] Ambas as edições reproduziram o texto hebraico, editado por Mikraot Gedolot e publicado por Daniel Bomberg em Veneza, no ano de 1524. Estas edições não incluíram as notas massoréticas, embora a edição do Bomberg as tivessem. Sua característica principal são suas notas de rodapé que gravam correções possíveis ao texto hebraico. São também baseadas no Pentateuco Samaritano e em traduções conceituadas da Bíblia, como a Septuaginta, Vulgata e Peshitta. Assim, usou-se o texto geralmente aceito e preparado por Jacob ben Chayyim[Notas 9] como base.Em 1936, quando tornaram-se disponíveis os textos massoréticos de Ben Asher, como o do Códice de Leningrado (L),[16] textos que são bem mais antigos e superiores, sendo padronizados por volta do século XX, Kittel iniciou uma terceira edição da Biblia Hebraica (BH3), cujo texto hebraico é ligeiramente diferente, e com algumas notas de rodapé completamente revisadas. Esta obra foi concluída por seus associados, após a sua morte. Foi a primeira vez que uma Bíblia em hebraico reproduziu integralmente o texto do Códice de Leningrado (L). Os créditos pela ideia de usar o códice, cabem a Paul Kahle.[17] Esta 3ª edição apareceu nas publicações de 1929 a 1937, sendo que a primeira edição em um só volume foi em 1937. Depois disso foi reimpresso muitas vezes, incluindo as mais antigas edições que gravam variantes no livro de Isaías e do livro de Habacuque nos Pergaminhos do Mar Morto. Reproduz exatamente as notas massoréticas do códice, sem as editar.

Bíblia Hebraica Stuttgartensia

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A Bíblia Hebraica Stuttgartensia, ou BHS, é uma edição da Bíblia do Texto Massorético, totalmente baseada no Códice de Leningrado (L) publicada pela Sociedade Bíblica Alemã (Deutsche Bibelgesellschaft), em Stuttgart, dai o nome adotado pela 5ª edição.[16]

Trata-se de uma revisão da 3ª edição da Biblia Hebraica editada por Rudolf Kittel (BH3), também baseada no Códice L. As notas de rodapé das páginas foram totalmente revisadas, por um nome distinto conforme o prefácio da BHS. Originalmente estas notas foram acrescentadas aos poucos desde 1968 a 1976, chegando a ser um só volume em 1977. Desde então foi reimpressa muitas vezes e passou por algumas edições de correção menores (atualmente 5ª edição corrigida).[18]

Bíblia Hebraica Quinta (BHQ)

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A Bíblia Hebraica Quinta (BHQ),como sugeri o nome, trata-se da 5ª edição[Notas 10] acadêmica da Bíblia Hebraica ainda em andamento. O projeto está sendo publicado em fascículos, livro a livro, desde 2004. A obra completa e está prevista para conclusão em 2020.[19][20][21][22]

Outras edições importantes

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Segundo o especialista em Bíblia Hebraica, Dr. Edson de Faria Francisco, algumas antigas edições críticas, além da BHK, merecem menção:[23]

Há ainda as edições:[23]

Traduções

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Em inglês
Em português

Estudos judaicos da Tanakh

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Existem duas abordagens principais para estudar e comentar o Tanakh na comunidade judaica.

Há uma abordagem clássica com foco no estudo religioso da Torá, onde se supõe que a Torá é divinamente inspirada.

Outra abordagem é estudar a Torá sob seus aspectos de criação humana. Nessa abordagem, os estudos podem ser considerados como um sub-campo de estudos religiosos.

Alguns comentadores rabínicos clássicos, como Abraham Ibn Ezra, Ralbag e Maimônides, usaram muitos elementos da crítica bíblica contemporânea, incluindo seu conhecimento de história, ciência e filologia. Seu uso da análise histórica e científica da Bíblia foi considerado aceitável pelo judaísmo histórico devido ao compromisso de fé do autor com a ideia de que Deus revelou a Torá a Moisés no Monte Sinai.

A comunidade judaica ortodoxa moderna permite que uma ampla gama de críticas bíblicas sejam usadas para livros bíblicos fora da Torá, e alguns comentários ortodoxos agora incorporam muitas das técnicas encontradas anteriormente no mundo acadêmico, por exemplo, a série Da'at Miqra. Judeus não ortodoxos, incluindo os afiliados ao judaísmo conservador e ao judaísmo reformista, aceitam abordagens tradicionais e seculares aos estudos bíblicos. "Comentários judaicos sobre a Bíblia", discute os comentários judaicos do Tanakh e do Targum à literatura rabínica clássica, a literatura do Midrash, os comentaristas medievais clássicos e os comentários modernos.<ref group="Notas">Literatura rabínica clássica compreende todas as antigas compilações literárias dos judeus que transmitem as tradições dos Tannaim (70-200 dC ) e Amoraím (do século III a V e.C) rabinos na Palestina e Babilônia: a Mishná, a Tosefta, o Talmud Palestino e Babilônico, e vários Midrashim. Consequentemente, a literatura rabínica deve ser vista como uma literatura coletiva e não autoral, transmitindo ampla variedade de visões e ensinamentos parcialmente divergentes e contraditórios, em vez de fornecer um esboço sistemático linear do ponto de vista de um indivíduo em particular. O estudo crítico da literatura rabínica começou no século XIX com o chamado "Wissenschaft des Judentums" (Ciência do Judaísmo), cujos representantes começaram a aplicar aos textos rabínicos com métodos históricos e filológicos que também eram usados em outros campos das humanidades. A aplicação de métodos e teorias de áreas afins, como a teoria literária, permite ver os textos de uma nova perspectiva.

Algumas comunidades hassídicas e mitnagdim rejeitam aplicar as abordagens críticas à Tanakh. Por outro lado, adeptos da Cabala aderem a uma leitura mística dos textos sagrados.

Ver também

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  1. Concordância de Strong 4744.Miqra: é uma convocação, convocando, lendo. Palavra original: מִקְרָא Parte do discurso: Substantivo masculino. Transliteração: miqra - Ortografia fonética: (mik-raw') Definição abreviada: convocação
  2. ESTUDOS BÍBLICOS Mikra: Texto, Tradução, Leitura e Interpretação. Irish Theological Quarterly Norton.2007; 72: 305-306
  3. McDonald & Sanders, The Canon Debate, 2002, página 5, são citados Judaísmo de Neusner e Cristianismo na Era de Constantino, páginas 128–145, e Midrash em Contexto: Exegese no Judaísmo Formativo, páginas 1–22.
  4. (Bava Batra 14b-15a, Rashi para Megillah 3a, 14a)
  5. O termo menores refere-se à extensão dos texto.
  6. ou Cantares ou Cântico Superlativo. É o Shir HaShirim.
  7. Quanto à referência, a Biblia Hebraica de Kittel é geralmente abreviada por BH ou BHK ("K" para Kittel). Quanto a edições específicas para consultas, usa-se BH1, BH2 e BH3.
  8. A Bíblia Hebraica de Kittel, (edições 7ª, 8ª e 9ª, de 1951-55) forneceu o texto básico usado para a seção hebraica da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, 1984 em inglês (1986, em português). O texto hebraico das Escrituras Sagradas. A apresentação da Massorá marginal de Kittel revela muitas das alterações textuais dos escribas pré-cristãos e contribuiu para versões na Tradução do Novo Mundo, incluindo restaurações do Tetragrama YHVH.
  9. A Bíblia Rabínica, publicada em 1524-25, de Jocob Ben Chayim, foi até 1936 uma espécie de "textus receptus" autoritativo do Antigo Testamento para judeus e cristãos. Era baseada em manuscritos do século XII, provavelmente. (Scholz, pp. 36-37)
  10. Nesse caso, não se conta as edições menores de correção. Por exemplo, a BHS está em sua 5ª edição corrigida (Editio quinta emendata).

Referências

  1. "Tanach". Random House Webster's Unabridged Dictionary.
  2. a b Tov, Emanuel (2014). «The Myth of the Stabilization of the Text of Hebrew Scripture». In: Martín-Contreras, Elvira; Miralles Maciá, Lorena. The Text of the Hebrew Bible: From the Rabbis to the Masoretes. Col: Journal of Ancient Judaism: Supplements. 103. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht. pp. 37–46. ISBN 978-3-525-55064-9. doi:10.13109/9783666550645.37. Consultado em 17 de maio de 2025. Cópia arquivada em 15 de fevereiro de 2023 
  3. Jeremiah 10:11:HE
  4. «Mikra'ot Gedolot» 
  5. Davies, Philip R. (2001). «The Jewish Scriptural Canon in Cultural Perspective». In: McDonald, Lee Martin; Sanders, James A. The Canon Debate. [S.l.]: Baker Academic. p. PT66. ISBN 978-1-4412-4163-4  "With many other scholars, I conclude that the fixing of a canonical list was almost certainly the achievement of the Hasmonean dynasty."
  6. Talmud Sukkah 20a; Sanhedrin 21b; Avot d’Rabbi Natan 34
  7. Midrash RabbáMidrash Qoheleth 12:12
  8. «mater lectionis | Definition of mater lectionis in English by Oxford Dictionaries». Oxford Dictionaries | English. Consultado em 13 de abril de 2018 
  9. Kelley, Page H., The Masorah of Biblia Hebraica Stuttgartensia, Eerdmans, 1998, ISBN 0-8028-4363-8, p. 20
  10. John Gill (1767). A Dissertation Concerning the Antiquity of the Hebrew Language: Letters, Vowel-points, and Accents. [S.l.]: G. Keith. pp. 136–137  também pages 250–255
  11. TEIXEIRA, Paulo R.; SCHOLZ, Vilson; ZIMMER, Rudi; et al. Manual do Seminário de Ciências Bíblicas. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2013.
  12. [1]
  13. Bibelgesellschaft, Deutsche. «Homepage - Die-Bibel.de» 
  14. «Deutsche Bibelgesellschaft» 
  15. Toda Escritura, p. 312, par. 28, Estudo n. 5, 1990.
  16. a b SCHOLZ, Vilson. A Crítica Textual e as Edições do Novo Testamento Grego, in: Princípios de Interpretação Bíblica: introdução à hermenêutica com ênfase em gêneros literários. Canoas: Editora ULBRA, 2006. 236 p.
  17. Sumário por Mark Hamilton, recomendação da Sociedade para Literatura Biblica, Patrick H. 1999, página 17, seção 4.3
  18. FRANCISCO, Edson de Faria. Manual da Bíblia Hebraica: Introdução ao Texto Massorético - Guia Introdutório para a Bíblia Hebreica Stuttgartensia. 3ª edição revisada e ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2008. 760 p. Esta obra complementada pelo site do autor: <www.bibliahebraica.com.br>.
  19. TEIXEIRA, Paulo R.; SCHOLZ, Vilson; ZIMMER, Rudi; et al. Manual do Seminário de Ciências Bíblicas. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2013.
  20. [2]
  21. Bibelgesellschaft, Deutsche. «Homepage - Die-Bibel.de» 
  22. «Deutsche Bibelgesellschaft» 
  23. a b FRANCISCO, Edson de Faria. Manual da Bíblia Hebraica: Introdução ao Texto Massorético - Guia Introdutório para a Bíblia Hebreica Stuttgartensia. 3ª edição revisada e ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2008. 760 p. Esta obra complementada pelo site do autor: <www.bibliahebraica.com.br>.
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Tanakh».

Bibliografia

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  • FISCHER, Alexander A. O Texto do Antigo Testamento – Edição Reformulada da Introdução à Bíblia Hebraica de Ernst Würthwein. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2013.
  • FRANCISCO, Edson de Faria. Manual da Bíblia Hebraica: Introdução ao Texto Massorético - Guia Introdutório para a Bíblia Hebreica Stuttgartensia. 3ª edição revisada e ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2008. 760 p. Esta obra é complementada pelo site do autor: <www.bibliahebraica.com.br>.
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Ligações externas

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