Ardipithecus
Ardipithecus | |||||||||||||||
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Ocorrência: Pliocénico | |||||||||||||||
Estado de conservação | |||||||||||||||
Extinta (fóssil) | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Espécies | |||||||||||||||
O gênero Ardipithecus compreende um conjunto de primatas hominóides fósseis encontrados no noroeste da África que são considerados descendentes dos Orrorin tugenensis e ancestrais diretos dos australopitecíneos. As semelhanças com os Australopithecus são grandes, ainda que apresentem traços mais simiescos e — entre os fósseis encontrados — menos corpulência que estes.
Espécies conhecidas
Na atualidade estão classificadas duas espécies de Ardipithecus: o A. ramidus e o A. kadabba, ainda que o primeiro seja por vezes considerado uma subespécie deste último com o nome de Ardipithecus kadabba ramidus. Os fósseis de A. ramidus estão datados em um período de 3,8 a 4 milhões de anos a.C., enquanto que se considera que A. kadabba habitou o norte da África entre 5,2 m.a. a.C. a 3,8 milhões de anos a.C..
Hábitos e estilo de vida
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Com base no tamanho dos ossos, acredita-se que as espécies de Ardipithecus tinham tamanho aproximado de um moderno chimpanzé. A análise comportamental mostrou que Ardipithecus poderia ser muito parecido com os chimpanzés, indicando que os antepassados humanos iniciais eram muito semelhantes aos chimpanzés em comportamento.[1].
Se isso for correto os Ardipithecus deveriam ter um estilo de vida similar aos dos chimpanzés: viviam em grupos que podiam variar de cinco até mais de cem indivíduos. Nestes grupos os machos dominantes eram dominantes sobre as fêmeas, assim como sobre os machos mais jovens. Machos podiam se unir para manter a liderança sobre o grupo, ou roubar a posição do líder. Para intimidar os rivais, eles se demonstram agressivos, com vocalizações altas, agitações de galhos e até mesmo o ataque. O macho dominante também poderia formar coalizões com outros machos. Essas coalizões podiam ser utilizadas para agredir machos de outros grupos. Já foram reportados casos de "guerras" e linchamentos entre os chimpanzés modernos. As fêmeas, de modo geral, seriam submissas aos machos.
A estrutura do hálux do A. ramidus sugere que a criatura andava ereto, e isto apresenta problemas para as teorias atuais das origens do bipedalismo dos hominídeos: acredita-se que os Ardipithecus viviam mais em florestas fechadas do que na savana, onde uma locomoção mais eficiente no consumo de energia permitida pelo bipedalismo seria uma vantagem.
O dedão do pé do Ardipithecus era preênsil, como nos demais primatas atuais, e o permitia subir nas árvores, além de pegar objetos com os pés. No entanto, as suas mãos se pareciam com as nossas principalmente pela posição do polegar que não se voltava para trás como os atuais chimpanzés e gorilas. Apesar do polegar pequeno e dos outros dedos serem muito alongados, a estrutura da mão favorecia mais a manipulação de objetos do que o segurar nos galhos das árvores como se verifica nos macacos atuais, onde o polegar voltado para trás é uma adaptação que favorece esta prática.
As teorias mais recentes afirmam que a postura bípede do Ardipithecus trariam vantagens em relação a necessidade de um comportamento mais social, possibilitando as fêmeas se dedicarem mais as suas crias (levando a mais eficiência na reprodução) e aos machos maior facilidade de trazer comida para a família. Os machos mais adaptados no andar bípede levavam mais vantagem e eram os preferidos pelas fêmeas por terem as mãos totalmente livres da tarefa de locomoção, favorecendo-o no trazer mais comida. Além disso, os pequenos caninos que tinham, em formato de diamante como nós e não em "V" como nos chimpanzés, denotam um caráter mais sociável e menos agressivo; comportamento este preferidos pelas fêmeas.
Ligações externas
- «BBC News: Amazing hominid haul in Ethiopia» (em inglês)
- «NY Times: Two Splits Between Human and Chimp Lines Suggested» (em inglês)
- «Minnesota State University» (em inglês)
- «Archaeology info» (em inglês)
- ↑ Erro de citação: Etiqueta
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