Ver código fonte para Coreia do Norte

{{Não confundir com|República Popular da Coreia}}
{{Info/País
 |nome_nativo                 = 조선민주주의인민공화국<br />朝鮮民主主義人民共和國<br /><small>''Chosŏn Minjujuŭi Inmin Konghwaguk''</small><ref>{{Citar web |título=Administrative Population and Divisions Figures (#26) |obra=DPRK: The Land of the Morning Calm |publicado=Permanent Committee on Geographical Names for British Official Use |data=abril de 2003 |url=http://www.pcgn.org.uk/North%20Korea-%20Land%20of%20the%20Morning%20Calm-%202003.pdf |formato=PDF |acessodata=10 de outubro de 2006 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20060925042059/http://www.pcgn.org.uk/North%20Korea-%20Land%20of%20the%20Morning%20Calm-%202003.pdf |arquivodata=2006-09-25 |urlmorta=yes }}</ref>
 |nome_longo_convencional     = República Popular Democrática da Coreia
 |imagem_bandeira             = Flag of North Korea.svg
 |nome_pt                     = República Popular Democrática da Coreia
 |imagem_brasão               = Emblem of North Korea.svg
 |descrição_bandeira          = Bandeira da Coreia do Norte
 |descrição_brasão            = Brasão de armas da Coreia do Norte
 |leg_bandeira                = [[Bandeira da Coreia do Norte|Bandeira]]
 |leg_brasão                  = [[Emblema da Coreia do Norte|Emblema]]
 |lema                        = 강성대국<br />''Gangseongdaegug''<br /> "Poderosa e próspera nação"
 |hino                        = 애국가<br />''[[Aegukka]]''<br />"A Canção Patriótica"
 |outro_símbolo               = ''[[Juche]]''
 |outro_símbolo_tipo          = Ideologia nacional:
 |localização                 = Democratic_People's_Republic_of_Korea_(orthographic_projection).svg
 |localização_legenda         = Localização da Coreia do Norte (em verde escuro); [[Conflito coreano|área reivindicada]] (verde claro)
 |mapa                        = Mapa_da_Coreia_do_Norte_(OCHA).svg
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 |gentílico                   = [[wikt:norte-coreano|norte-coreano]]
 |fronteira                   = [[Coreia do Sul]], [[China]],  [[Rússia]]
 |capital                     = [[Pyongyang]]
 |maior_cidade                = capital
 |língua_oficial              = [[Língua coreana|Coreano]]
 |tipo_governo                = [[Estado socialista|República socialista]] [[Unipartidarismo|unipartidária]] sob uma [[ditadura]] [[Dinastia|dinástica]] [[Totalitarismo|totalitária]]<ref>{{citar livro |url=https://www.jstor.org/stable/26856298|título=THE NORTH KOREAN AUTOCRACY IN COMPARATIVE PERSPECTIVE|acessodata=2025-02-14 |ultimo1=Song |primeiro1=Wonjun |ultimo2=Wright |primeiro2=Joseph |editora=Cambridge University Press|periódico=Journal of East Asian Studies |ano=2018|página=157-180|páginas=24|volume=18 |número=2 |lingua=en}}</ref><ref>{{citar web|url=https://freedomhouse.org/country/north-korea|titulo=North Korea: Country Profile |língua=en|acessodata=2025-02-14 |website=freedomhouse.org}}</ref>
 |título_líder2               = [[Lista de líderes da Coreia do Norte|Presidente da Comissão de Assuntos Estatais]]
 |nome_líder2                 = [[Kim Jong-un]]<sup>2</sup>
 |título_líder3               = [[Assembleia Popular Suprema da Coreia do Norte|Presidente da Suprema Assembleia Popular]]
 |nome_líder3                 = [[Choe Ryong-hae]]
 |título_líder4               = [[Lista de primeiros-ministros da Coreia do Norte|Premier]]
 |nome_líder4                 = [[Pak Thae-song]]
 |evento_tipo                 = [[Independência]]
 |evento_nota                 = do [[Império do Japão]]
 |evento1                     = Declarada ([[dia V-J]])
 |evento_data1                = [[15 de agosto]] de [[1945]]
 |evento2                     = Reconhecida
 |evento_data2                = [[9 de setembro]] de [[1945]]
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 |diferença_UCT               = +9:00<ref>{{Citar web|titulo=KST – Korea Standard Time (Time Zone Abbreviation)|url=https://www.timeanddate.com/time/zones/kst|obra=www.timeanddate.com|acessodata=2019-01-29|lingua=en}}</ref>
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 |população_estimada_ano      = 2022
 |população_estimada          = 25 955 138<ref name=unpop>{{citar periódico| url=https://www.cia.gov/the-world-factbook/countries/korea-north/ |título=Korea North. The World Factbook (2023 ed.)|publicado=Central Intelligence Agency |acessodata= 3 de janeiro de 2022}}</ref>
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 |demog_densidade             = 214<ref>{{citar web
| url = https://data.worldbank.org/indicator/EN.POP.DNST?locations=KP
| título = Population density (people per sq. km of land area) - Korea, Dem. People's Rep.
| data = 2022
| acessodata = 6 de dezembro de 2022
| autores = The World Bank
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 |PIB_PPC_ano                 = 2015
 |PIB_total                   = {{tooltip|40 [[bilhões]]|40 000 000 000}}[[Escalas curta e longa|*]]<ref name="FMI">[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/kn.html North Korea]{{Ligação inativa}}, [[CIA World Factbook]], accessed on 31 March 2013.</ref>
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 |rodapé                      = <sub>1</sub> Kim Il-Sung, falecido em 1994, foi nomeado ''Presidente Eterno'' em 1998.<br><sub>2</sub> [[Kim Jong-un]] acumula quatro cargos: Primeiro-Secretário do Partido dos Trabalhadores, Presidente da Comissão de Defesa Nacional, Comandante Supremo do Exército Popular da Coreia, e Presidente da Comissão Central Militar; governa sob o título de Líder Supremo.<br><sub>3</sub> [[Kim Yong-nam]] é o "[[chefe de Estado]] de assuntos externos".
}}
'''Coreia do Norte''', oficialmente '''República Popular Democrática da Coreia''' ('''RPDC'''; em [[língua coreana|coreano]]: 조선민주주의인민공화국; [[hanja]]: 朝鮮民主主義人民共和國; [[Romanização revisada da língua coreana|transl.]] ''Chosŏn Minjujuŭi Inmin Konghwaguk''), é um país no [[leste da Ásia]] que constitui a parte norte da [[península coreana]], com [[Pyongyang]] como capital e maior cidade do país. Ao norte e noroeste, o país é limitado pela [[China]] e pela [[Rússia]] ao longo dos rios [[Rio Amnok|Amnok]] (conhecido como o Yalu em chinês) e [[Rio Tumen|Tumen]];<ref>{{citar jornal|título=Manchurian Trivia |url=http://opinionator.blogs.nytimes.com/2012/02/21/manchurian-trivia/ |acessodata=27 de agosto de 2012 |jornal=The New York Times |data=21 de fevereiro de 2012 |autor =Frank Jacobs |formato=blog by expert |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120913074749/http://opinionator.blogs.nytimes.com/2012/02/21/manchurian-trivia/ |arquivodata=13 de setembro de 2012 }}</ref> é limitado ao sul pela [[Coreia do Sul]], os dois países são separados pela [[Zona Desmilitarizada Coreana]] (ZDC). Os dois estados afirmam ser o governo legítimo de toda a península coreana e de suas ilhas adjacentes.<ref name=ROK>http://www.law.go.kr/lsInfoP.do?lsiSeq=61603&efYd=19880225#0000 {{webarchive|url=https://web.archive.org/web/20160529130830/http://www.law.go.kr/lsInfoP.do?lsiSeq=61603&efYd=19880225 |date=29 de maio de 2016 }}</ref> A Coreia do Norte e a Coreia do Sul se tornaram membros das [[Nações Unidas]] em 1991.<ref>{{citar jornal|data=17 de setembro de 1991 |título=A Single Flag – North And South Korea Join U.N. And The World |url=http://community.seattletimes.nwsource.com/archive/?date=19910917&slug=1306025 |jornal=[[The Seattle Times]] |acessodata=3 de setembro de 2017}}</ref>

Em 1910, a Coreia foi anexada pelo [[Império do Japão]]. Em 1945, após a [[rendição japonesa]] no final da [[Segunda Guerra Mundial]], a Coreia [[Divisão da Coreia|foi dividida]] em duas zonas, com o norte ocupado pela [[União Soviética]] e o sul [[Governo militar do Exército dos Estados Unidos na Coreia|ocupado pelos Estados Unidos]]. Negociações sobre a [[Reunificação da Coreia|reunificação]] fracassaram e, em 1948 foram formados governos independentes na [[República Popular Democrática da Coreia]], no norte, e na [[República da Coreia]], no sul. Uma invasão iniciada pelo Norte desencadeou a [[Guerra da Coreia]] (1950–1953). O [[Acordo de Armistício Coreano]] conduziu a um [[cessar-fogo]], mas nenhum tratado de paz jamais foi assinado.<ref>{{citar jornal|url=http://www.foxnews.com/story/0,2933,528320,00.html |título=U.S.: N. Korea Boosting Guerrilla War Capabilities |agência=Associated Press |data=23 de junho de 2009 |publicado=FOX News Network, LLC |acessodata=4 de julho de 2009 |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090627213353/http://www.foxnews.com/story/0%2C2933%2C528320%2C00.html |arquivodata=27 de junho de 2009 }}</ref>

A Coreia do Norte oficialmente se descreve como um [[Estado socialista]] [[Juche|autossuficiente]] e formalmente [[Eleições na Coreia do Norte|realiza eleições]].<ref>{{citar livro|postscript=&nbsp;Amended and supplemented on 1 April, Juche 102 (2013), at the Seventh Session of the Twelfth Supreme People's Assembly. |título=Socialist Constitution of the Democratic People's Republic of Korea |url=http://www.naenara.com.kp/en/book/download.php?4+4047#.pdf |ano=2014 |publicado=Foreign Languages Publishing House |local=Pyongyang |isbn=978-9946-0-1099-1 |página=1 |capítulo=Preamble |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160608030306/http://www.naenara.com.kp/en/book/download.php?4+4047 |arquivodata=8 de junho de 2016 |df= }}</ref> Vários analistas, no entanto, classificam o governo do país como uma [[ditadura]] [[stalinista]] [[totalitarismo|totalitária]],<ref>{{citar jornal|url=https://www.telegraph.co.uk/news/main.jhtml?xml=/news/2007/08/28/wnkorea128.xml |título=North Korea power struggle looms |acessodata=31 de outubro de 2007 |último =Spencer |primeiro =Richard |data=28 de agosto de 2007 |obra=The Telegraph (online version of United Kingdom's national newspaper) |citação=A power struggle to succeed Kim Jong-il as leader of North Korea's Stalinist dictatorship may be looming after his eldest son was reported to have returned from semi-voluntary exile. |local=London |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071120121946/http://www.telegraph.co.uk/news/main.jhtml?xml=%2Fnews%2F2007%2F08%2F28%2Fwnkorea128.xml |arquivodata=20 de novembro de 2007 }}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/asia/article2388356.ece |título=North Korea's nuclear 'deal' leaves Japan feeling nervous |acessodata=31 de outubro de 2007 |último =Parry |primeiro =Richard Lloyd |autorlink =Richard Lloyd Parry |data=5 de setembro de 2007 |obra=The Times (online version of United Kingdom's national newspaper of record) |citação=The US Government contradicted earlier North Korean claims that it had agreed to remove the Stalinist dictatorship’s designation as a terrorist state and to lift economic sanctions, as part of talks aimed at disarming Pyongyang of its nuclear weapons. |local=London |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080726115520/http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/asia/article2388356.ece |arquivodata=26 de julho de 2008 }}</ref><ref name="nysuccess">{{citar jornal|url=https://www.nytimes.com/2003/10/02/international/asia/02CND-KORE.html?ex=1380513600&en=a29d7f1e49aabee0&ei=5007&partner=USERLAND |título=North Korea Says It Is Using Plutonium to Make A-Bombs |acessodata=31 de outubro de 2007 |último =Brooke |primeiro =James |autorlink =James Brooke (journalist) |data=2 de outubro de 2003 |obra=The New York Times |citação=North Korea, run by a Stalinist dictatorship for almost six decades, is largely closed to foreign reporters and it is impossible to independently check today's claims. |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071206032652/http://www.nytimes.com/2003/10/02/international/asia/02CND-KORE.html?ex=1380513600&en=a29d7f1e49aabee0&ei=5007&partner=USERLAND |arquivodata=6 de dezembro de 2007 }}</ref> particularmente por conta do [[Culto à personalidade na Coreia do Norte|intenso culto de personalidade]] em torno de [[Kim Il-sung]] e sua família. O [[Partido dos Trabalhadores da Coreia]] (PTC), liderado por um membro da família governante,<ref name="scmp-yoo-sep-18-2013">{{citar web|url=http://www.scmp.com/news/asia/article/1296394/democratic-peoples-monarchy-korea-north-korea-changes-ruling-principles |título=North Korea rewrites rules to legitimise Kim family succession |data=16 de outubro de 2013 |publicado=South China Morning Post |autor =Audrey Yoo |acessodata=16 de outubro de 2013 |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131028160038/http://www.scmp.com/news/asia/article/1296394/democratic-peoples-monarchy-korea-north-korea-changes-ruling-principles |arquivodata=28 de outubro de 2013 }}</ref> detém o poder e lidera a Frente Democrática para a Reunificação da Pátria, da qual todos os oficiais políticos são obrigados a ser membros.<ref name="parlunion5">{{citar web|título=The Parliamentary System of the Democratic People's Republic of Korea |publicado= Association of Secretaries General of Parliaments (ASGP) of the [[Inter-Parliamentary Union]] |obra=Constitutional and Parliamentary Information | url=http://www.asgp.info/Resources/Data/Documents/CJOZSZTEPVVOCWJVUPPZVWPAPUOFGF.pdf |formato=PDF|acessodata=1 de outubro de 2010 |página=5|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120303054935/http://www.asgp.info/Resources/Data/Documents/CJOZSZTEPVVOCWJVUPPZVWPAPUOFGF.pdf|arquivodata=3 de março de 2012}}</ref> ''[[Juche]]'', a ideologia de autossuficiência nacional, foi introduzida na [[Constituição da Coreia do Norte|constituição]] em 1972. Os [[meios de produção]] são de propriedade do Estado através de [[Empresa estatal|empresas estatais]] e [[Coletivização agrícola|fazendas coletivizadas]]. A maioria dos [[serviços]], como saúde, educação, habitação e produção de alimentos, também é subsidiada ou financiada pelo Estado. O país segue a política ''[[Songun]]'', ou "militares em primeiro lugar",<ref>H. Hodge (2003). [http://www.carlisle.army.mil/USAWC/Parameters/Articles/03spring/hodge.htm "North Korea’s Military Strategy"] {{webarchive|url=https://web.archive.org/web/20130224223043/http://www.carlisle.army.mil/usawc/parameters/Articles/03spring/hodge.htm |date=24 de fevereiro de 2013 }}, ''Parameters'', U.S. Army War College Quarterly.</ref> com um total de {{Fmtn|9495000}} de pessoas entre soldados ativos, na [[Reserva militar|reserva]] e [[paramilitar]]es. Seu [[Exército Popular da Coreia|exército ativo]], de 1,21 milhão de homens, é o [[Lista de países por número de tropas em atividade|quarto maior do mundo]], depois da [[China]], dos [[Estados Unidos]] e da [[Índia]].<ref name="bgn">{{citar web|url=https://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/2792.htm |título=Background Note: North Korea |acessodata=1 de agosto de 2007 |autor =Bureau of East Asian and Pacific Affairs |data=Abril de 2007 |obra=[[United States Department of State]] |autorlink =Bureau of East Asian and Pacific Affairs |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070805084443/http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/2792.htm |arquivodata=5 de agosto de 2007 }}</ref> O país também [[Programa nuclear norte-coreano|possui armas nucleares]].<ref name="economist-armied">{{citar jornal|url=https://www.economist.com/blogs/dailychart/2011/07/armed-forces |título=Armed forces: Armied to the hilt |obra=[[The Economist]] |data=19 de julho de 2011 |acessodata=28 de julho de 2011 |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110728030228/https://www.economist.com/blogs/dailychart/2011/07/armed-forces |arquivodata=28 de julho de 2011 }}</ref><ref>{{citar livro|url=http://csis.org/files/publication/110712_Cordesman_KoreaMilBalance_WEB.pdf |título=The Korean Military Balance |autor =Anthony H. Cordesman |publicado=Center for Strategic & International Studies |data=21 de julho de 2011 |isbn=978-0-89206-632-2 |acessodata=28 de julho de 2011 |página=156 |citação=The DPRK has implosion fission weapons. |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20111011185007/http://csis.org/files/publication/110712_Cordesman_KoreaMilBalance_WEB.pdf |arquivodata=11 de outubro de 2011 }}</ref>

Várias organizações internacionais avaliam que graves violações de [[direitos humanos na Coreia do Norte]] são comuns e tão severas que não têm paralelo no mundo contemporâneo.<ref>{{citation|título=Report of the Commission of Inquiry on Human Rights in the Democratic People's Republic of Korea, Chapter VII. Conclusions and recommendations |obra=United Nations Office of the High Commissioner for Human Rights |data=17 de fevereiro de 2014 |url=http://www.ohchr.org/Documents/HRBodies/HRCouncil/CoIDPRK/Report/A.HRC.25.CRP.1_ENG.doc |acessodata=1 de novembro de 2014 |página=346 |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140227104633/http://www.ohchr.org/Documents/HRBodies/HRCouncil/CoIDPRK/Report/A.HRC.25.CRP.1_ENG.doc |arquivodata=27 de fevereiro de 2014 }}</ref><ref>{{citar web|título=Issues North Korea |obra=Amnesty International UK |url=https://www.amnesty.org.uk/issues/North-Korea |acessodata=1 de novembro de 2014 |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140702014419/http://amnesty.org.uk/issues/North-Korea |arquivodata=2 de julho de 2014 }}</ref><ref>{{citar web|título=World Report 2014: North Korea |obra=[[Human Rights Watch]] |url=https://www.hrw.org/world-report/2014/country-chapters/north-korea |acessodata=1 de novembro de 2014 |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140707145323/http://www.hrw.org/world-report/2014/country-chapters/north-korea |arquivodata=7 de julho de 2014 }}</ref> De 1994 a 1998, a Coreia do Norte sofreu [[Grande fome na Coreia do Norte|uma crise de fome]] que resultou na morte de milhares de pessoas (entre 240 mil e 420 mil norte-coreanos), sendo que a população continua a sofrer de [[desnutrição]]. O governo norte-coreano nega veementemente a maioria das alegações, acusando as organizações internacionais de fabricar abusos de direitos humanos como parte de uma campanha difamatória com a intenção secreta de derrubar o regime, embora admitam que há questões de direitos humanos relacionadas às condições de vida que o governo está tentando corrigir.<ref name="human_rights1">[http://www.kcna.co.jp/item/2005/200512/news12/23.htm#3 KCNA Assails Role Played by Japan for UN Passage of "Human Rights" Resolution against DPRK] {{webarchive|url=https://web.archive.org/web/20120401222746/http://www.kcna.co.jp/item/2005/200512/news12/23.htm |date= 1 de abril de 2012 }}, ''KCNA'', 22 de dezembro de 2005.</ref><ref name="human_rights2">[http://www.kcna.co.jp/item/2005/200511/news11/09.htm#10 KCNA Refutes U.S. Anti-DPRK Human Rights Campaign] {{webarchive|url=https://web.archive.org/web/20120401222752/http://www.kcna.co.jp/item/2005/200511/news11/09.htm |date= 1 de abril de 2012 }}, ''KCNA'', 8 de novembro de 2005.</ref><ref name="SCR212">{{citar web|título=February 2012 DPRK (North Korea)|url=http://www.securitycouncilreport.org/site/c.glKWLeMTIsG/b.7966259/k.D9BB/February_2012brDPRK_North_Korea.htm|publicado=United Nations Security Council|data=Fevereiro de 2012}}</ref><ref name="human_rights4">{{citar web|url=https://www.bbc.com/news/world-asia-29531969 |título=North Korea defends human rights record in report to UN |publicado=BBC News |data=8 de outubro de 2014 |acessodata=8 de outubro de 2014 |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141112172608/http://www.bbc.com/news/world-asia-29531969 |arquivodata=12 de novembro de 2014}}</ref>

== Etimologia ==
<!---{{Info/Nome coreano
|título                   = República Popular Democrática da Coreia
|imagem                   = North Korea.svg
|imgw                     = 
|legenda                  = "República Popular Democrática da Coreia" nos alfabetos [[coreano]]s [[Hangul]] (em cima) e [[Hanja]] (em baixo).
|hangeul                  = {{linktext|조선|민주주의|인민|공화국}}
|hanja                    = {{lang|ko|{{linktext|朝鮮|民主主義|人民|共和國}}}}
|mr                       = Chosŏn Minjujuŭi Inmin Konghwaguk
|rr                       = Joseon Minjujuui Inmin Gonghwaguk
|Guideline for the Romanization of Korean = Choson Minjujuui Inmin Konghwaguk
|color                    = khaki
|context                  = north
}}--->

O nome Coreia deriva de ''Goryeo'' (também escrito ''Koryŏ''). O nome ''Goryeo'' foi usado pela primeira vez pelo antigo reino de [[Koguryo|Goguryeo]] (Koguryŏ), que foi uma das grandes potências do [[Ásia Oriental|leste asiático]] durante seu período de existência,{{sfn|Roberts & Westad 2013, p. 443}}{{harvy|a|Gardner|2007|p=158-159}}{{harvy|b|Laet|1994|p=1133}} governando a maior parte da [[Coreia|Península Coreana]], [[Manchúria]], partes do [[Extremo Oriente Russo]]{{sfn|Kotkin & Wolff 2015}} e da [[Mongólia Interior]],{{harvy|c|Tudor|2012}} sob a liderança de [[Guangaeto, o Grande]].{{harvy|d|Kim|2012|p=35}} No século X, o reino de [[Goryeo]] sucedeu o de Goguryeo, e assim herdou seu nome,{{harvy|e|Hwang|2019|p=3}} que foi pronunciado por comerciantes visitantes da [[Pérsia]] como "Coreia".{{harvy|f|West|2012|p=422}} A grafia moderna da Coreia surgiu pela primeira vez no final do século XVII nos escritos de viagem de [[Hendrick Hamel]], da [[Companhia Holandesa das Índias Orientais]].{{harvy|g|United Daily News|2008}}

Após a divisão do país em Coreia do Norte e do [[Coreia do Sul]], os dois lados usaram termos diferentes para se referir à Coreia: ''Chosun'' ou ''Joseon'' (조선) no Norte, e ''Hanguk'' (한국) no Sul.{{harvy|h|Carter|2010}}{{harvy|i|Johnson, sem data}} Em 1948, a Coreia do Norte adotou como nome oficial República Popular Democrática da Coreia (DPRK; em [[Língua coreana|coreano]]: 조선민주주의인민공화국, Chosŏn Minjujuŭi Inmin Konghwaguk; {{Audio|Ko-조선민주주의인민공화국.oga|ouça|help=no}}).{{harvy|j|Juche Travel Services|2019}} Em todo o mundo, como o governo controla a parte norte da península, o país geralmente é chamado de Coreia do Norte para distingui-lo da Coreia do Sul, que é oficialmente denominada República da Coreia. Ambos os governos se consideram o governo legítimo de toda a Coreia.{{harvy|k|Buzo|2002|p=72}}{{harvy|l|Cumings|2005|p=505-506}} Por este motivo, a população não gosta que estrangeiros chamem o país de Coreia do Norte, preferindo seu nome oficial, pois este representaria o controle "verdadeiro e legítimo" das lideranças do país sobre a Coreia.{{harvy|m|Young|2014}}

== História ==
=== Antes da divisão ===
{{AP|Três Reinos da Coreia|Ocupação japonesa da Coreia|Crimes de guerra do Japão Imperial}}
[[Imagem:Three Kingdoms of Korea Map.png|thumb|esquerda|Mapa dos [[Três Reinos da Coreia]], no final do século V.]]

Artefatos da era do [[Paleolítico]] que foram descobertos indicam que a ocupação de humanos na Península Corena começou há cerca de meio milhão de anos.{{harvy|bo|Connor|2002|p=9}} De acordo com o relato mítico, o reino de [[Período Gojoseon|Gojoseon]], o primeiro Estado coreano, foi fundado no norte da Coreia e no sul da [[Manchúria]] em 2333 a.C..{{harvy|bp|Rose & Allen|2018|p=26}} Gojoseon tinha [[Pyongyang]] como sua capital e a data de sua fundação (3 de outubro) é comemorada na Coreia do Norte como o Dia da Fundação Nacional. Em 108 d.C., após invasão dos chineses, o reino de Gojoseon foi dividido em quatro territórios. Os povos trocaram um amplo intercâmbio cultural, fazendo com que a cultura chinesa influenciasse fortemente os coreanos.{{harvy|br|Piddock|2006|p=21}}

O domínio direto dos chineses se tornou enfraquecido e a península foi eventualmente dividida em três reinos, [[Baekje]], [[Silla (Coreia)|Silla]] e [[Koguryo]], um período conhecido como [[Três Reinos da Coreia]].{{harvy|br|Piddock|2006|p=23}} Os reinos viveram em constante conflito entre si até 676, quando Silla unificou com sucesso a maior parte do território coreano, com exceção do reino de [[Balhae]].{{harvy|bp|Rose & Allen|2018|p=26}}{{harvy|br|Piddock|2006|p=24}} O Reino de Silla, governado por uma [[monarquia absoluta]],{{harvy|bs|Injae, Miller, Jinhoon e Hyun-Hae|2014|p=55}} era próspero,{{harvy|bu|MacGregor|2014|p=334}} e sua capital Seorabeol (atualmente [[Gyeongju]], na Coreia do Sul) era a quarta maior cidade do mundo na época, além de influente centro asiático.{{harvy|bt|Adams|1986|p=53}}

Em 918, o general [[Taejo de Goryeo|Wang Geon]] fundou o reino de [[Goryeo]], substituindo a dinastia Silla.{{harvy|bo|Connor|2002|p=16}} O período Goryeo foi a "era de ouro do [[budismo]]" na Coreia, sendo sua religião nacional e um importante ponto de unificação.{{harvy|bv|Johnston|2000|p=275}} O comércio prosperou,{{harvy|by|Lee|2017}} com comerciantes vindos do [[Oriente Médio]],{{harvy|bw|Till & Bratton|2012|p=145}} e sua principal capital [[Kaesong]] (hoje parte da Coreia do Norte) era um centro de comércio e indústria.{{harvy|bz|Ronald|1997|p=239}} Foi ainda um período de grandes conquistas na arte e cultura coreana, como por exemplo a [[Tripitaca Coreana]].{{harvy|ca|Shin|2005|p=62-63}} Goryeo sofreu constantes [[Conquistas e invasões mongóis|invasões e ocupações]] pelo [[Império Mongol]] e,{{harvy|d|Kim|2012|p=166-167}} em 1392, uma rebelião iniciada pelo general [[Yi Seong-gye]] culminou com o fim da dinastia, que foi substituída pela [[dinastia Joseon]].{{harvy|cb|Kang|2007}}

Joseon foi a última dinastia da Coreia, governando até 1897.{{harvy|cc|Prescott|2015|p=14}} O regime adotou o [[neoconfucionismo]] como a ideologia de Estado e o budismo foi desencorajado, com seus seguidores ocasionalmente enfrentando perseguições.{{harvy|cd|Kihl|2005|p=48-50}}{{harvy|ce|Phillips|2005|p=37}} Durante o final do século XVI e início do XVII, a dinastia foi severamente enfraquecida por [[Guerra Imjin|invasões]] dos vizinhos Japão e [[Dinastia Qing|Qing]], levando a uma política cada vez mais dura de [[Isolacionismo|isolamento]], pela qual o país se tornou conhecido como o "[[Reino eremita]]".{{harvy|cf|Tucker|2015|p=155}}{{harvy|cg|Columbia University|2019}}{{harvy|ch|Roblin|2018}} No final do século XIX, conflitos internos e pressão internacional levaram à queda de Joseon, que deu lugar ao [[Império Coreano]]. Naquele momento, era uma das sociedades mais antigas e etnicamente e culturalmente homogêneas. O império adotou reformas que "abriram suas portas", o que contudo não foi capaz de impedir que o Japão o [[Tratado de Anexação Japão-Coreia|anexasse]] em 1910, tornando-se uma [[colônia]] japonesa.{{harvy|bn|Seth|2010|p=3}}{{harvy|ci|Korean Cultural Center|sem data}}

[[Imagem:Chinese shops smashed by Koreans in Pyongyang.jpg|thumb|esquerda|240px|[[Pyongyang]] em 1910, durante ocupação japonesa.]]

O Império Coreano permaneceu sob o [[Ocupação japonesa da Coreia|domínio japonês]] até o final da [[Segunda Guerra Mundial]] em 1945. A maioria da população era composta por camponeses voltados para a agricultura de subsistência.{{harvy|l|Cumings|2005|p=182}} O Japão desenvolveu minas, represas hidroelétricas, siderúrgicas e fábricas no norte da Coreia e na vizinha Manchúria.{{harvy|l|Cumings|2005|p=174–175, 407}} A classe trabalhadora industrial expandiu-se rapidamente e muitos foram trabalhar na Manchúria.{{harvy|n|Robinson|2007|p=84-86}} Consequentemente, 65% da [[indústria pesada]] estava localizada no norte, mas, devido ao seu terreno acidentado, apenas 37% de sua agricultura.{{harvy|o|Lone & McCormack|1993|p=184-185}} Um movimento de guerrilha surgiu no interior montanhoso e na Manchúria, assediando as autoridades imperiais japonesas. Um dos líderes de guerrilha mais proeminentes foi o comunista [[Kim Il-sung]].{{harvy|n|Robinson|2007|p=85–87, 155}}

No decorrer da guerra, o Japão recorreu aos recursos da Coreia, alistando à força cerca de 725 mil coreanos, que atuaram tanto como mão de obra no Japão como em seus territórios ocupados.{{harvy|w|Blakemore|2018}} Ao final da guerra, aproximadamente um terço da força de trabalho industrial do Japão era formada por coreanos. Com as condições de trabalho próximas à [[escravidão]],{{harvy|v|Soh|2008|p=17-18}} aproximadamente 400 mil dos 5,4 milhões de trabalhadores coreanos morreram. Também houve o envio de 670 mil coreanos para o Japão, e cerca de 60 mil deles morreram.{{harvy|aw|Gruhl|2011|p=111}} Nos [[Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki|bombardeamentos atômicos]], perpetrados pelos Estados Unidos em [[Hiroshima]] e [[Nagasaki]], entre 40 e 50 mil coreanos foram instantaneamente mortos.{{harvy|t|Sang-Hun|2016}}{{harvy|u|Tong|2019|p=31-32}} Outras milhares serviram como "[[Mulheres de conforto]]", sendo forçadas à [[prostituição]] e à [[escravidão sexual]] nos bordéis militares japoneses.{{harvy|s|Blakemore|2018}}

=== Depois da divisão ===
{{AP|História da Coreia do Norte}}
==== Divisão e Guerra da Coreia ====
[[Imagem:28.08.1946 Labour Party North Korea.jpg|thumb|[[Kim Il-sung]] em um encontro do [[Partido dos Trabalhadores da Coreia]] em Pyongyang, 1946.]]
[[Imagem:Korean War bombing Wonsan.jpg|thumb|Aviões [[Douglas A-26 Invader|B-26]] atacam depósitos logísticos em [[Wonsan]] durante a [[Guerra da Coreia]], 1951.]]
[[Imagem:Korea DMZ.svg|thumb|Com o término da [[Guerra da Coreia]], a [[Península Coreana]] foi dividida em dois países, separados por uma [[Zona Desmilitarizada da Coreia|Zona Desmilitarizada]].]]
[[Imagem:Joint Security Area.jpg|thumb|Soldados do [[Exército Popular da Coreia]] na [[área de segurança conjunta]] da [[Zona Desmilitarizada da Coreia]].]]

Após a [[rendição do Japão]] em 1945, o domínio japonês sobre a Coreia chegou ao fim. As negociações para uma [[reunificação da Coreia]] fracassaram e a península foi dividida em duas regiões seguindo o [[paralelo 38 N]], com a metade norte sendo ocupada pela [[União Soviética]] e a metade sul pelos [[Estados Unidos]].{{harvy|p|Turner|2015|p=743}}{{harvy|r|Bonde|2011}} As [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas]] propuseram a realização de eleições, mas os soldados soviéticos impediram a entrada de observadores eleitorais.{{harvy|p|Turner|2015|p=743}}{{harvy|q|Pruitt|2019}} A Coreia do Sul realizou suas próprias eleições e em seguida foi reconhecida pela ONU como o "único governo legal na Coreia".{{harvy|k|Buzo|2002|p=67}} No Norte, os soviéticos [[Administração Civil Soviética|governaram interinamente]] a região e posteriormente ajudaram Kim Il-sung a se estabelecer como o líder;{{harvy|x|Lankov|2012}}{{harvy|k|Buzo|2002|p=60-61}} a República Popular Democrática da Coreia foi proclamada em 9 de setembro de 1948.{{harvy|r|Bonde|2011}}

Com a divisão, ambos os países tentaram controlar toda a península sob seus respectivos governos, o que levou a uma escalada de conflitos na fronteira.{{harvy|aa|History|2020}}{{harvy|ac|Lankov|2013|p=9}} As forças soviéticas se retiraram do norte em 1948, e a maioria das forças norte-americanas estacionadas no sul fizeram o mesmo em 1949.{{harvy|ab|Congresso dos Estados Unidos|1950|p=3045}} Os soviéticos e norte-coreanos suspeitavam que os sulistas planejavam invadir a Coreia do Norte, e o embaixador soviético [[Terenty Shtykov]], simpático à ideia de Kim de reunificar a Coreia sob um governo comunista, conseguiu convencer [[Joseph Stalin]] a apoiar uma rápida guerra contra a Coreia do Sul.{{harvy|x|Lankov|2012}}{{harvy|z|Dowling|2011}}{{harvy|ac|Lankov|2013|p=10}} Em 25 de junho de 1950, os [[Exército Popular da Coreia|militares norte-coreanos]] invadiram o Sul, dando início à [[Guerra da Coreia]].{{harvy|y|Greenspan|2013}}

A Coreia do Norte rapidamente dominou a maior parte do sul, controlando 95% da península em agosto de 1945,{{harvy|ac|Lankov|2013|p=10-11}} mas uma [[Comando das Nações Unidas na Coreia|força das Nações Unidas]], liderada pelos norte-americanos, interveio para defender o sul e conseguiu avançar para o norte.{{harvy|ac|Lankov|2013|p=11}} A União Soviética e a China decidiram apoiar a Coreia do Norte, enviando efetivos militares e provisões para as tropas. Em julho de 1953, um [[Acordo de Armistício Coreano|armistício]] foi firmado e a península divida ao longo da [[Zona Desmilitarizada da Coreia]], muito próxima à linha da demarcação original.{{harvy|ac|Lankov|2013|p=11}} Nenhum tratado de paz foi firmado, e tecnicamente os dois países continuaram em guerra.{{harvy|ac|Lankov|2013|p=27}} Estimou-se que aproximadamente 3 milhões de civis morreram, com a Coreia do Norte sendo o país mais devastado: entre 12–15% de sua população (na época {{circa}} de 10 milhões) morreu e quase todos os seus edifícios importantes foram destruídos.{{harvy|at|Armstrong|2009|p=1}}{{harvy|l|Cumings|2005|p=297-298}} Uma zona desmilitarizada (DMZ) fortemente protegida ainda divide a península, e um sentimento anticomunista e anti-Coreia do Norte permanece na Coreia do Sul. Os Estados Unidos mantêm uma forte presença militar no sul, representada pelo governo norte-coreano como uma força de ocupação imperialista.{{harvy|au|Abt|2014|p=125-126}}

==== Pós-guerra ====
No pós-guerra, a relativa paz entre as Coreias foi interrompida por conflitos na fronteira, sequestros e tentativas de assassinato. A Coreia do Norte não obteve êxito em suas tentativas de assassinar os presidentes sul-coreanos, como no ataque à [[Casa Azul]] em 1968 e no [[atentado de Rangum]] em 1983.{{harvy|ac|Lankov|2013|p=22-31}}{{harvy|aq|Worden|2008|p=124-125}} Por quase duas décadas, os dois Estados não buscaram negociar entre si. Na década de 1970, comunicações secretas começaram a ser trocadas, culminando em uma declaração conjunta em 1972 que estabeleceu princípios de trabalho em prol de uma reunificação pacífica.{{harvy|ac|Lankov|2013|p=31}} As negociações fracassaram em 1973 pois a Coreia do Sul declarou sua preferência de que os dois países deveriam apresentar candidaturas separadas para organizações internacionais.{{harvy|as|Bandow & Carpenter|1992|p=99-100}}

Internamente, Kim estabeleceu um Estado socialista com uma [[economia planificada]] por um regime [[Totalitarismo|totalitário]].{{harvy|af|Ward|2017}}{{harvy|ag|Amerise|2012}} Kim foi responsável por violações generalizadas de [[direitos humanos]], punindo dissidentes através de [[Execução pública|execuções públicas]] e [[Desaparecimento forçado|desaparecimentos forçados]].{{harvy|ae|Human Rights Watch|2016}} Em 1956, conseguiu impedir que a União Soviética e a China o depusessem em favor de um governo mais moderado.{{harvy|ac|Lankov|2013|p=12}} Os norte-coreanos permanecerem estreitamente alinhados com a China e a URSS, e a [[ruptura sino-soviética]] permitiu que Kim jogasse com as potências.{{harvy|aj|Armstrong|2013|p=99-103}} Também tentou ganhar influência no [[Movimento Não Alinhado]]{{harvy|ai|Schönherr|2012|p=106}} e, buscando se diferenciar da URSS e da China, desenvolveu a ideologia ''[[Juche]]'', que se concentrou no nacionalismo coreano, autodeterminação e aplicação dos ideais [[Marxismo-leninismo|marxistas-leninistas]] no contexto norte-coreano.{{harvy|ac|Lankov|2013|p=67}}{{harvy|ad|Cheong|2000|p=139}}
[[Imagem:Kim Il Sung Portrait-4.jpg|thumb|upright|esquerda|Em 1948, [[Kim Il-sung]] se tornou o ditador da Coreia do Norte, governando o país até sua morte em 1994.]]

A recuperação da guerra foi rápida — em 1957, a produção industrial atingiu os níveis de 1949, pré-conflito. Em 1959, as relações com o Japão haviam melhorado um pouco e a Coreia do Norte começou a permitir a repatriação de cidadãos japoneses no país. No mesmo ano, a Coreia do Norte reavaliou o [[Won norte-coreano]], que detinha um valor maior do que o seu homólogo sul-coreano. Até a década de 1960, o crescimento econômico era superior ao da Coreia do Sul, e o [[PIB per capita]] da Coreia do Norte era igual ao de seu vizinho do sul em 1976.{{harvy|aq|Worden|2008|p=XXXII, 45-46}} No entanto, na década de 1980 a economia começou a estagnar; em 1987 a economia iniciou seu longo declínio e quase entrou em colapso após a [[dissolução da União Soviética]] em 1991, quando a ajuda financeira soviética foi subitamente interrompida.{{harvy|ar|French|2007|p=97-99}}

Em 1992, a saúde de Kim Il-sung começou a se deteriorar e seu filho [[Kim Jong-il]] passou lentamente a assumir várias funções governamentais. Kim Il-sung morreu de ataque cardíaco em 1994 e Kim Jong-il se tornou o líder supremo;{{harvy|ap|Folha de S. Paulo|1994}}{{harvy|ao|Armstrong|2012}} o país é a única [[dinastia]] comunista do mundo.{{harvy|an|National Geographic|2018}} Kim Jong-il instituiu a política ''[[Songun]]'' para priorizar os esforços destinados a área militar em detrimento de todas as outras.{{harvy|am|Alton & Chidley|2013|p=104-105}} Ainda em 1994 os norte-coreanos se comprometeram a interromper o desenvolvimento de [[armas nucleares]] em acordo negociado pelo presidente norte-americano [[Bill Clinton]].{{harvy|al|Sigal|1997}} Em meados da década de 1990, as enchentes exacerbaram a crise econômica, danificando severamente as plantações e a infraestrutura e levando à [[Grande fome na Coreia do Norte|fome generalizada]] que o governo se mostrou incapaz de reduzir, resultando na morte de 250 mil a 3 milhões de pessoas.{{harvy|ac|Lankov|2013|p=79}}{{harvy|ak|Noland, Robinson & Wang|2001|p=4-6}} O governo acabou aceitando a ajuda alimentar da ONU e de outros países, incluindo os EUA.{{harvy|ak|Noland, Robinson & Wang|2001|p=9}}{{harvy|aq|Worden|2008|p=174}} No final do século, a Coreia do Sul adotou a [[Política do Sol]] e as duas nações começaram a se aproximar publicamente.{{harvy|ac|Lankov|2013|p=163-164}}

==== Século XXI ====
[[Imagem:President Trump Meets with Chairman Kim Jong Un (48164813552).jpg|thumb|O presidente [[Donald Trump]], o ditador [[Kim Jong Un]] e o presidente [[Moon Jae-in]] na Zona Desmilitarizada, em 2019.]]

O ambiente internacional mudou com a eleição de [[George W. Bush]] como presidente dos EUA em 2000. Rejeitando a Política do Sol e o acordo mediado por Clinton, seu governo tratou a Coreia do Norte como um [[Estado vilão]] e classificou seu regime como parte de um "[[eixo do mal]]" e um "posto avançado da tirania".{{harvy|ac|Lankov|2013|p=154}}{{harvy|ba|The Independent|2005}} De modo a evitar que tivesse o mesmo [[Guerra do Iraque|fim que o do Iraque]], o regime redobrou seus [[Programa nuclear norte-coreano|esforços para adquirir armas nucleares]].{{harvy|au|Abt|2014|p=55, 109, 119}}{{harvy|ax|Carlin & Oberdorfer|2013|p=357-359}}{{harvy|ay|Jager|2013|456}} Em 2006, os norte-coreanos realizaram seu [[Teste nuclear norte-coreano de 2006|primeiro teste nuclear]];{{harvy|ac|Lankov|2013|p=156}} em resposta, o [[Conselho de Segurança das Nações Unidas|Conselho de Segurança da ONU]] adotou de forma unânime uma resolução que impôs uma série de sanções comerciais e econômicas contra o país.{{harvy|az|Nações Unidas|2006}}

Em 2007, a Coreia do Norte chegou a um [[Diálogo a Seis|acordo com outros países]] para encerrar suas atividades nucleares, obtendo em troca ajuda econômica e energética.{{harvy|bb|Folha de S. Paulo|2007}} Porém, o governo fez o [[Teste nuclear norte-coreano de 2009|segundo teste nuclear]] em 2009.{{harvy|bc|Branigan & McCurr|2009}} Em 2010, as tensões entre as Coreias aumentaram após o [[Naufrágio do Cheonan]], causado, de acordo com acusação da Coreia do Sul, pelos norte-coreanos.{{harvy|bd|BBC|2015}}{{harvy|be|Kim|2010}} Em 2013, a [[Central Intelligence Agency|inteligência norte-americana]] reportou, com "confiança moderada", que a Coreia do Norte poderia ter alcançado tecnologia suficiente para armar mísseis com [[Ogiva nuclear|ogivas nucleares]].{{harvy|bf|Martinez|2013}}

Kim Jong-il morreu em 2011 e seu filho [[Kim Jong-Un]] assumiu o cargo de [[Líder supremo da Coreia do Norte|líder supremo]].{{harvy|ac|Lankov|2013|p=135-136}}{{harvy|av|BBC|2011}} Apesar da condenação internacional, Kim Jong-Un continuou o desenvolvimento do arsenal nuclear, possivelmente incluindo uma [[bomba de hidrogênio]] e um míssil capaz de atingir os EUA.{{harvy|bg|Albert|2019}} Também empreendeu uma campanha contra dissidentes, recorrendo a execuções — inclusive do próprio tio [[Jang Song-thaek]].{{harvy|bh|Kim|2017}} Em 2014, um relatório endossado pela [[Assembleia Geral das Nações Unidas|Assembleia Geral da ONU]] acusou o governo de cometer [[crimes contra a humanidade]].{{harvy|bi|Público|2014}} Ao longo de 2017, após o início do governo de [[Donald Trump]] nos EUA, as tensões aumentaram e houve uma retórica maior entre os dois países.{{harvy|bj|Al Jazeera|2017}} A hostilidade diminuiu substancialmente em 2018, dando lugar a uma ''[[détente]]'',{{harvy|bk|AFP|2018}} e cúpulas históricas ocorreram entre Kim Jong-un, o presidente sul-coreano [[Moon Jae-in]] e Trump, mas as nações não chegaram a um acordo.{{harvy|bl|Deutsche Welle|2019}}{{harvy|bm|Panda|2019}}

== Geografia ==
{{AP|Geografia da Coreia do Norte}}
[[Imagem:Satellite image of North Korea in December 2002.jpg|esquerda|thumb|[[Imagem de satélite]] da Coreia do Norte no inverno de 2002. As fronteiras com a [[Fronteira China–Coreia do Norte|China]] (norte) e a [[Fronteira Coreia do Norte–Coreia do Sul|Coreia do Sul]] (sul) podem ser vistas no traçado em preto.]]

A Coreia do Norte ocupa a porção norte da [[Península da Coreia|Península Coreana]], situado entre as [[latitude]]s [[Paralelo 37 N|37°]] e [[Paralelo 43 N|43°N]] e as [[longitude]]s [[Meridiano 124 E|124°]] e [[Meridiano 130 E|130°E]].{{harvy|cj|KBS World Radio|2016}} O país abrange uma área de {{fmtn|120540}} km², sendo 130&nbsp;km² de água.{{harvy|ck|Central Intelligence Agency|2020}} Ao norte, faz fronteira com a [[China]] e a [[Rússia]] ao longo dos rios [[Rio Yalu|Yalu]] e [[Rio Tumen|Tumen]] e, a sul, com a [[Coreia do Sul]] ao longo da [[Zona Desmilitarizada da Coreia]].{{harvy|cl|Reuters|2018}}{{harvy|cm|Asia Society|2020}} A oeste, há o [[Mar Amarelo]] e, a leste, é banhada pelo [[Mar do Japão]].{{harvy|cn|Coreia do Norte|2020}} O país tem 1&nbsp;607 km de fronteira terrestre, sendo que a mais extensa é com a China (1&nbsp;352 km), seguida pela Coreia do Sul (237 km) e a Rússia (18 km).<ref name="Fronteira">{{Citar web|url=https://www.cia.gov/the-world-factbook/countries/korea-north/#geography |título = Norh Korea: Geography |publicado = CIA | autor = The World Factbook | acessodata = 12 de abril de 2021 | lingua = inglês }}</ref>

Cerca de 80% do território é composto por [[montanha]]s e [[planalto]]s, separados por [[vale]]s profundos e estreitos.{{sfn|Library of Congress|1993}} A grande maioria da população vive em planaltos e [[planície]]s;{{sfn|Library of Congress|1993}} na maior parte, as planícies são pequenas. As mais extensas são as de Pyongyang e Chaeryong, cada uma cobrindo uma área de cerca de 200 [[Milha quadrada|mi]].{{harvy|cq|U.S. Government Printing Office|1969|p=14}} Todas as montanhas da península com elevações de {{fmtn|2000}} m ou mais estão localizadas na Coreia do Norte.{{sfn|Library of Congress|1993}} O ponto mais alto é a [[Montanha Baekdu]], uma montanha vulcânica com uma altitude de {{fmtn|2744}} m acima do nível do mar.{{harvy|cp|European Space Agency|2007}}

O rio mais longo é o Yalu, chamado de Amnok em coreano. O Yalu possui 790,1&nbsp;km de comprimento, dos quais 675,9&nbsp;km são navegáveis. O Tumen é o segundo maior rio, com 521,4&nbsp;km de comprimento.{{harvy|cq|U.S. Government Printing Office|1969|p=15}} Os lagos tendem a ser pequenos devido à falta de atividade glacial e à estabilidade da [[crosta terrestre]] na região. Ademais, ao contrário de seus vizinhos China e Japão, a Coreia do Norte experiencia poucos [[terremoto]]s severos.{{sfn|Library of Congress|1993}}

=== Topografia ===
[[Imagem:0409_-_Nordkorea_2015_-_Kumgang_Gebirge_(22961925095).jpg|thumb|Monte [[Kumgangsan]].]]
[[Imagem:Hamhung Beach (14327190016).jpg|thumb|Praia em [[Hamhung]].]]

A elevação média no país é de 600 m, caracterizada por pequenas planícies. As mais extensas são as planícies de [[Pyongyang]] e [[Chaeryong]], cada com uma área de cerca de 500&nbsp;km². Ao contrário do vizinho Japão ou o norte da China, a Coreia do Norte é pouca propensa a terremotos violentos.<ref name="Topography">{{citar web |titulo=Topography and Drainage|url=http://countrystudies.us/north-korea/20.htm|publicado=U.S. Library of Congress|acessodata=18 de maio de 2021|lingua=inglês}}</ref>

O ponto mais elevado da Coreia do Norte é a [[Montanha Baekdu]], uma montanha vulcânica próxima à fronteira com a [[China]], um planalto de lava basáltica de elevações entre 1&nbsp;400 e 2&nbsp;000 m acima do nível do mar.<ref name="Topography"/> A Serra Hamgyong, localizada no extremo nordeste da península, possui muitos picos altos, incluindo [[Gwanmosan]], com aproximadamente 1&nbsp;756 m (5&nbsp;761 pés). Outras serras de maior relevo incluem as [[Montanhas Rangrim]], que atravessam o centro-norte do país numa direção norte-sul, dificultando a comunicação entre as partes leste e oeste do país; e a [[Serra Kangnam]], ao longo da [[fronteira China-Coreia do Norte]]. [[Geumgangsan]], frequentemente escrita Mt Kumgang, ou Montanha Diamantina, (aproximadamente 1&nbsp;638 m) nos [[montes Taebaek]], prolonga-se para a Coreia do Sul. É famosa pela sua beleza cênica.<ref name="Topography"/>

=== Clima ===
[[Imagem:Koppen-Geiger Map PRK present.svg|thumb|Coreia do Norte segundo a [[classificação climática de Köppen-Geiger]].]]
A Coreia do Norte possui um [[clima continental]] com quatro estações bem distintas.<ref name="climate">{{citar web | url = http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+kp0031) | titulo = North Korea Country Studies. Climate | publicado = Lcweb2.loc.gov. | acessodata = 12 de abril de 2021 |arquivourl = https://archive.ph/20121212003435/lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+kp0031) | arquivodata = 12 de dezembro de 2012 | lingua = inglês }}</ref> Longos invernos trazem uma temperatura baixa e condições meteorológicas claras intercaladas entre tempestades de neve como resultado dos invernos do norte e noroeste, soprados da [[Sibéria]]. A nevasca média é de 37 dias durante o inverno. É provável que o tempo seja particularmente rigoroso ao norte, onde há regiões montanhosas. O verão tende a ser curto, quente, úmido e chuvoso por causa das monções de inverso do sul e sudeste que trazem ar úmido do [[Oceano Pacífico]]. Tufões afetam a península em uma média de pelo menos uma vez a cada verão.<ref name="climate"/> Primavera e outono são estações transicionais marcadas por temperaturas amenas e trazem um clima mais agradável. Os perigos naturais incluem secas ao final da primavera, muitas vezes seguidas por graves inundações.

O verão tende a ser curto, quente, úmido e chuvoso devido aos ventos das [[Monção|monções]] do sul e sudeste que trazem o ar úmido do Oceano Pacífico. A [[primavera]] e o [[outono]] são estações de transição marcadas por temperaturas amenas e ventos variáveis e trazem o clima mais agradável. As temperaturas médias diárias altas e baixas dar-se-á entre 29&nbsp;°C e 20&nbsp;°C.<ref name="climate" /> Em média, aproximadamente 60% de toda a precipitação ocorre de junho a setembro. Os riscos naturais incluem secas no final da primavera, que são frequentemente seguidas por severas inundações. Os tufões afetam a península em média pelo menos uma vez a cada verão ou início do outono.<ref name="climate" />

{{panorama|Heaven Lake, Changbai.jpg|800px|Panorama do lago vulcânico da [[Montanha Baekdu]], o ponto mais alto do país, localizada na [[fronteira China-Coreia do Norte]].}}

== Demografia ==
{{Artigo principal|Demografia da Coreia do Norte}}

[[Imagem:Population_pyramid_of_North_Korea_2016.png|thumb|esquerda|[[Pirâmide etária]] da Coreia do Norte (2016).]]

A população da Coreia do Norte, de cerca de 26 milhões de habitantes, é uma das populações mais homogêneas étnica e linguisticamente do mundo, com um número muito pequeno de chineses, japoneses, vietnamitas, sul-coreanos, e uma minoria de europeus expatriados.

De acordo com o [[CIA World Factbook]], a expectativa de vida da Coreia do Norte era de 63,8 anos em 2009, um valor quase equivalente ao do [[Paquistão]] e [[Myanmar]] e pouco menor que a da [[Rússia]].<ref name="Central Intelligence Agency">{{Citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2102rank.html|título=CIA - The World Factbook -- Country Comparison :: Life expectancy at birth|data=2009|obra=The World Factbook|publicado=Central Intelligence Agency|acessodata=2009-07-04}}{{Ligação inativa}}</ref> A mortalidade infantil situa-se em um nível elevado, de 51,34, a qual é 2,5 vezes maior do que a da República Popular da China, 5 vezes a da Rússia e 12 vezes a da Coreia do Sul.<ref name="cia-2091">{{Citar web | título=Infant mortality rate | url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2091rank.html | obra=The World Factbook -- Country Comparisons | publicado=CIA | ano=2009 | acessodata=2009-05-01 }}{{Ligação inativa}}</ref> De acordo com a lista ''"The State of the world's Children 2003"'' da UNICEF, a Coreia do Norte aparece na 73ª posição (com o primeiro lugar tendo o maior nível de mortalidade), entre a [[Guatemala]] (72ª) e [[Tuvalu]] (74º).<ref name="cia-2091" /><ref>{{Citar web | título=The State of the World's Children 2003 | url=http://www.unicef.org/sowc03/tables/table1.html | publicado=UNICEF | ano=2003 | acessodata=2009-05-01 }}{{Ligação inativa}}</ref> A taxa de fecundidade da Coreia do Norte é relativamente baixa e situa-se em 1,96 em 2009, comparável à dos Estados Unidos e da [[França]].<ref>{{Citar web | título=Total fertility rate | url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2127rank.html | obra=The World Factbook -- Country Comparisons | publicado=CIA | ano=2009 | acessodata=2009-05-01 }}{{Ligação inativa}}</ref>

=== Religião ===
{{gráfico circular
|thumb = right
|título = Religiões na Coreia do Norte (2005)<ref name="Religious Intelligence UK">Alton, 2013. p. 79. As of 2005 the agency "Religious Intelligence UK" estimated 3,846,000 believers of Korean shamanism, 3,245,000 Chondoists, 1,082,888 Buddhists, 406,000 Christians, and the rest non-believers.</ref>
|rótulo1 = [[Sem religião]]
|valor1 = 64.3
|cor1 = WhiteSmoke
|rótulo2 = [[Xamanismo coreano]]
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|cor2 = Red
|rótulo3 = [[Cheondoísmo]]
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|rótulo4 = [[Budismo]]
|valor4 = 4.5
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|rótulo5 = [[Cristianismo]]
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}}
[[Imagem:Myogilsang-naegeumgang.jpg|thumb|Escultura antiga de [[Buda]], no [[Monte Kumgang]].]]

Ambas as Coreias compartilham uma herança [[budismo|budista]] e [[confucionismo|confucionista]] e uma recente aparição do movimento cristão. A constituição da Coreia do Norte declara que a liberdade de religião é permitida.<ref>{{Citar web|url=http://www1.korea-np.co.jp/pk/061st_issue/98091708.htm|título=DPRK's Socialist Constitution (Full Text)|acessodata=2009-07-04|publicado=The People's Korea|data=1998}}{{Ligação inativa}}; ver Capítulo 5, Artigo 68</ref> De acordo com os padrões de religião,<ref name=kinu>{{citar web |url=http://www.kinu.or.kr/2009/0727/white2009_e.pdf|publicado= kinu.or.kr |obra= KINU White Paper on Human Rights |autor=Korea Institute for National Unification |título=Human Right in North Korea |paginas=258-280 |data=2009 |acessodata=8 de abril de 2013 |língua=en }}</ref> a maioria da população norte-coreana pode ser caracterizada como irreligiosa. No entanto, existe ainda uma influência cultural de religiões tradicionais como do budismo e confucionismo na vida espiritual da Coreia do Norte.<ref>{{Citar web|url=http://www.everyculture.com/Ja-Ma/North-Korea.html|título=Culture of North Korea - Alternative name, History and ethnic relations|obra=Countries and Their Cultures|publicado=Advameg Inc.|acessodata=2009-07-04}}</ref><ref>[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/kn.html#People CIA The World Factbook -- North Korea]{{Ligação inativa}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/2792.htm|título=Background Note: North Korea|obra=Bureau of East Asian and Pacific Affairs|data=fevereiro de 2009|publicado=U.S. State Department|acessodata=2009-07-04}}</ref>

Entretanto, o grupo budista norte-coreano é restritamente controlado pelo estado e, declaradamente, maior que outros grupos religiosos; particularmente os cristãos, que são perseguidos pelas autoridades.<ref>{{citar web|url=https://www.portasabertas.org.br/noticias/2013/04/2458275/|titulo=Cristãos são presos na Coreia do Norte por não reconhecerem ditador como divindade|data=abril de 2013|acessodata=1 de maio de 2016|publicado=Portas Abertas|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160806103916/https://www.portasabertas.org.br/noticias/2013/04/2458275/|arquivodata=2016-08-06|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{citar web|url=http://vozdosmartires.com.br/coreia-do-norte-brutalidades-contra-cristaos-continuam-enquanto-o-mundo-fecha-os-olhos/|titulo=Coreia do Norte: Brutalidades contra cristãos continuam enquanto o mundo fecha os olhos|data=janeiro de 2015|acessodata=1 de maio de 2016|publicado=Voz dos Mártires|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160402113555/http://vozdosmartires.com.br/coreia-do-norte-brutalidades-contra-cristaos-continuam-enquanto-o-mundo-fecha-os-olhos/|arquivodata=2016-04-02|urlmorta=yes}}</ref> O governo oferece apoio financeiro aos budistas para promover a religião, pois o budismo desempenha um papel fundamental na cultura tradicional coreana.<ref>{{citar web|url=http://articles.latimes.com/2005/oct/02/world/fg-temple2|titulo=Buddhist Temple Being Restored in N. Korea|data=outubro de 2005|acessodata=1 de maio de 2016|publicado=[[Los Angeles Times]]|ultimo=Demick|primeiro=Barbara|lingua=en}}</ref>

De acordo com o [[Human Rights Watch]], atividades de liberdade religiosa não existem mais na Coreia do Norte, enquanto o governo patrocina grupos religiosos apenas para criar uma ilusão de liberdade religiosa.<ref>{{Citar web|url=http://hrw.org/english/docs/2004/07/08/nkorea9040.htm |título=Human Rights in North Korea |acessodata=2007-08-02 |mes=July | ano=2004 |obra=[[Human Rights Watch]] }}</ref> Conforme a Religious Intelligence, a situação norte-coreana é a seguinte:<ref>{{Citar web|url=http://www.religiousintelligence.co.uk/country/?CountryID=37|título=Religious Intelligence UK report|obra=Religious Intelligence|publicado=Religious Intelligence|acessodata=2009-07-04}}</ref> [[irreligião]]: 15&nbsp;460&nbsp;000 adeptos (64,31% da população, uma vasta maioria dos quais são adeptos à filosofia ''[[Juche]]''); xamanismo coreano: 3&nbsp;846&nbsp;000 adeptos (16% da população); [[Chondoísmo|chondoismo]]: 3&nbsp;245&nbsp;000 adeptos (13,5% da população); [[budismo]]: 1&nbsp;082&nbsp;000 adeptos (4,5% da população); [[cristianismo]]: 406&nbsp;000 adeptos (1,69% da população).

Pyongyang era o centro da atividade cristã na Coreia antes da Guerra da Coreia. Hoje em dia, existem quatro igrejas sancionadas pelo Estado, na qual os defensores da liberdade religiosa dizem ser "igrejas de fachada", servindo apenas para criar uma falsa imagem da situação.<ref>{{Citar web|url=http://www.nautilus.org/fora/security/0434A_ReligionI.html |título=Annual Report of the United States Commission on International Religious Freedom |acessodata=2007-08-02 |autor=Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional |data=2004-09-21 |obra=Nautilus Institute }}</ref><ref>{{Citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/4431321.stm |título=N Korea stages Mass for Pope |acessodata=2007-08-02 |data=2005-04-10 |obra=[[BBC News]] }}</ref> Estatísticas oficiais do governo reportam que existem 10&nbsp;000 [[protestantismo|protestantes]] e 4&nbsp;000 católicos romanos na Coreia do Norte.<ref>{{Citar web |url=http://www.asia.msu.edu/eastasia/NorthKorea/religion.html |título=North Korean Religion |acessodata=2007-08-02 |obra=Windows on Asia |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090212120513/http://www.asia.msu.edu/eastasia/NorthKorea/religion.html |arquivodata=2009-02-12 |urlmorta=yes }}</ref>

De acordo com um ''ranking'' publicado pela ''[[Missão Portas Abertas]]'', uma organização que apoia cristãos perseguidos, a Coreia do Norte é atualmente (2020) o país com as mais severas perseguições dos cristãos no mundo.<ref>{{Citar web|titulo=Portas Abertas|url=http://www.portasabertas.org.br/lista-mundial/paises-da-lista|obra=Portas Abertas|acessodata=2020-01-19|lingua=pt-br}}</ref> Grupos de direitos humanos, como a [[Anistia Internacional]], também se manifestaram sobre perseguições religiosas na Coreia do Norte.<ref>{{Citar web |url=http://web.amnesty.org/web/ar2002.nsf/asa/democratic+people's+republic+of+korea |título=Korea Report 2002 |acessodata=2007-08-02 |ano=2001 |obra=[[Amnesty International]] |arquivourl=https://web.archive.org/web/20031201052903/http://web.amnesty.org/web/ar2002.nsf/asa/democratic+people's+republic+of+korea |arquivodata=2003-12-01 |urlmorta=yes }}</ref>

=== Idioma ===
{{Artigo principal|Língua coreana}}

O idioma oficial do país e o mais falado pelos norte-coreanos é o coreano, cuja classificação ainda é objeto de debate; alguns autores afirmam que ela pertence à [[Línguas altaicas|família altaica]], enquanto outros afirmam que é uma [[língua isolada]].<ref>{{citar web|url=http://www.coreanorte.com/lengua.php|titulo=La lengua coreana|acessodata=2 de junho de 2010|língua=espanhol|publicado=Corea Norte.com}}</ref> O coreano tem o seu próprio alfabeto, o ''[[hangul]]'', que foi inventado ao redor do {{séc|XV}}.<ref name=hangul>{{citar web|url=http://spanish.korea.net/detail.do?guid=29363|titulo=Arte de Hangeul|acessodata=31 de maio de 2010|publicado=Korea.net|língua=espanhol|data=2010|autor=Governo da Coreia|arquivourl=https://www.webcitation.org/65DB07jNF?url=http://spanish.korea.net/detail.do?guid=29363|arquivodata=2012-02-04|urlmorta=yes}}</ref> Ainda que por seu aspecto pareça ser um [[Escritura pictográfica|alfabeto pictográfico]], na realidade é um alfabeto organizado em blocos silábicos. Cada um destes blocos consiste em pelo menos dois dos 24 caracteres (''jamo''): pelo menos uma das quatorze consoantes e uma das dez vogais. Os alfabetos [[hanja]] (chinês) e o [[Alfabeto latino|latino]] são usados dentro de alguns textos em coreano, uma prática mais usual no sul do que no norte.<ref>{{citar livro|autor=Young-Key Kim-Renaud|título=The Korean Alphabet: Its History and Structure|editora=University of Hawaii Press|ano=1998|páginas=|id=inglês}}</ref>

Ainda que também seja o idioma nacional da vizinha [[Coreia do Sul]], o coreano falado na Coreia do Norte difere dos falado pelos sul-coreanos em alguns aspectos como a [[pronúncia]], a [[ortografia]], a [[gramática]] e o [[vocabulário]].<ref>{{citar livro|autor=Kanno, Hiroomi|título=Chōsengo o manabō (『朝鮮語を学ぼう』)|editora=Sociedade de Linguística Coreana no Japão|ano=1998|páginas=|id=japonês}}</ref>

=== Cidades mais populosas ===
{{Cidades mais populosas da Coreia do Norte}}

== Governo e política ==
{{Artigo principal|Política da Coreia do Norte}}

=== Ideologia do regime ===
{{Artigo principal|Juche}}
[[Imagem:Juche Tower. Pyongyang, North Korea. (2603184629).jpg|thumb|upright|A [[Torre Juche]], símbolo da ideologia ''[[juche]]''.]]
A Coreia do Norte se descreve como um Estado ''[[Juche]]'' (autossuficiente),<ref>{{citar web |url=http://www.korea-dpr.com/faq.htm#18 |título=18. Is North Korea a 'Stalinist' state? |acessodata=4 de abril de 2013 |último= |primeiro= |autorlink= |data=5 de maio de 2005 |obra=DPRK FAQ; Document approved by Zo Sun Il |publicadopor=Official Webpages of the Democratic People's Republic of Korea |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080308222109/http://www.korea-dpr.com/faq.htm#18 |arquivodata=2008-03-08 |urlmorta=yes }}</ref> mas é descrita por alguns analistas como uma [[monarquia absolutista]] ''[[de facto]]''<ref>Young W. Kihl, Hong Nack Kim. ''North Korea: The Politics of Regime Survival''. Armonk, New York, USA: M. E. Sharpe, Inc., 2006. Pp 56.</ref><ref>Robert A. Scalapino, Chong-Sik Lee. ''The Society''. University of California Press, 1972. Pp. 689.</ref><ref>Bong Youn Choy. A history of the Korean reunification movement: its issues and prospects. Research Committee on Korean Reunification, Institute of International Studies, Bradley University, 1984. Pp. 117.</ref> ou uma "ditadura hereditária"<ref>{{citar jornal|url=https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2011/01/110128_coreia_do_norte_sucessao_fn|título=Líder norte-coreano é contra sucessão familiar no país, diz filho|data=28 de janeiro de 2011|publicado= BBC News|acessodata=22 de maio de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220522120239/https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2011/01/110128_coreia_do_norte_sucessao_fn|arquivodata=22 de maio de 2022}}</ref> com um acentuado [[culto de personalidade]] organizado em torno de [[Kim Il-sung]] (o fundador do país e seu único presidente), seu falecido filho, [[Kim Jong-il]], e seu neto, [[Kim Jong-un]], atual Líder Supremo do país. A Coreia do Norte usa um [[sistema de governo]] que também utiliza um sistema de [[departamentalização]] dos [[ministério]]s. Há também académicos que rejeitam a noção de que a Coreia do Norte seja um [[Estado socialista]] que defende o [[comunismo]], ao alegar que a liderança norte-coreana usa o comunismo como uma justificativa para a sua forma de governar.<ref>{{citar livro|páginas= 95–96 |título= Kim Jong-Il, Revised and Updated: Kim Jong-Il: North Koreas Dear Leader, Revised and Updated Edition |autor = Breen, Michael | isbn = 978-1-118-15377-2 |ano= 2012 |publicadopor= [[John Wiley & Sons]] |citação= It [North Korea] remains the most extreme, closed, and repressive of the five states that officially remain communist. Indeed, it is worse today than any of those countries were at their worse. The intriguing explanation to this is that North Korea ''is not communist.''" […] "Their [the North Korean] ideology, their underlying belief system has not been discredited. The thought of Marx, Lenin, Mao and Stalin may now be something for the historians. But North Korean thought has survived the passing of communism because what they actually believe has little connection to it.}}</ref><ref>{{citar livro|título= Communism|autor = Lansford, Tom |página= 85 | isbn = 978-0-7614-2628-8 |ano= 2007 |publicadopor= Marshall Cavendish |citação= Many scholars assert that some communist states, such as North Korea, are simply dictatorships that use the title 'communist' as propaganda to justify actions and policies to the outside world and to their own people.}}</ref> Entretanto nas reuniões anuais do partido governamental PTC, é enfatizado pelos diversos oradores incluindo [[Kim Jong-un]] a sua ideologia socialista,<ref>{{citar web |url=http://www.uk-songun.com/index.php?p=1_397_Address-Delivered-at-the-Fourth-Conference-of-Cell-Secretaries-of-the-WPK-KIM-JONG-UN |publicado='' British Association for the Study of Sungun Politics '' |título= ''Address Delivered at the Fourth Conference of Cell Secretaries of the WPK KIM JONGUN'' |acessodata=15 de dezembro de 2013 |língua= en}}Party cells should undertake education in Kimilsungism-Kimjongilism so as to train them soundly into ardent revolutionary fighters who are thoroughly armed with the Juche idea and the Songun idea of our Party and are equipped with the spirit of safeguarding the leadership of the revolution at the cost of their lives, firm faith in '''socialism''' and class consciousness against imperialism</ref> e a intenção de firmemente defender a sua ideologia, sistema social e todos os outros tesouros socialistas ganhos à custa de sangue.<ref>{{citar web |url= http://www.nkeconwatch.com/2013/04/01/2013-plenary-meeting-of-wpk-central-committee-and-supreme-peoples-assembly/ |publicado=''North Korean Economy Watch'' |título= ''2013 plenary meeting of WPK Central Committee and 7th session of Supreme People’s Assembly'' |acessodata=15 de dezembro de 2013 |língua= en}} ''…firmly defend our ideology, social system and all other socialist treasures won at the cost of blood…''</ref>

Myers desconsidera a ideia de que a ideologia ''juche'' seja a proeminente dentro do país, pelo menos quanto à sua exaltação pública como projetada para enganar estrangeiros.<ref name="Rank">{{citar jornal|url=http://www.atimes.com/atimes/Korea/LD10Dg02.html|título=Lifting the cloak on North Korean secrecy: ''The Cleanest Race, How North Koreans See Themselves'' by B R Myers|primeiro=Michael|último=Rank|data=10 de abril de 2012|acessodata=4 de abril de 2013|publicadopor=Asia Times}}{{Ligação inativa}}</ref> Myers observa que a recente constituição da Coreia do Norte, de 2009, omite qualquer menção ao comunismo,<ref name="Hitchens">{{citar jornal|url=http://www.slate.com/id/2243112/|título=A Nation of Racist Dwarfs|primeiro =Christopher|último =Hitchens|autorlink =Christopher Hitchens|data=1 de fevereiro de 2010 |acessodata=4 de abril de 2013|obra=Fighting Words|publicadopor=[[Slate (magazine)|Slate]]}}</ref> citando somente diversas vezes ser socialista.<ref>{{citar web |url=http://www.servat.unibe.ch/icl/kn00000_.html |publicado=''Universität Bern'' |título= ''North Korea Constitution''|acessodata=15 de dezembro de 2013 |língua= en}} …The Democratic People's Republic of Korea is the socialist motherland of Juche…</ref>

=== Lideranças ===
[[Imagem:Pyongyang Assembly Hall.jpg|thumb|esquerda|[[Assembleia Popular Suprema]].]]
Após a morte de [[Kim Il-sung]], em 1994, ele não foi substituído, mas sim recebeu a designação de "[[Presidente Eterno da República]]" e foi sepultado no vasto [[Palácio Kumsusan do Sol]], no centro de [[Pyongyang]].<ref>{{citar web |url=http://www.lindsayfincher.com/2009/11/north-korea-bowing-before-kim-il-sungs-embalmed-corpse-at-the-kumsusan-memorial-palace.html |título=North Korea: Bowing before Kim Il-Sung’s embalmed corpse at the Kumsusan Memorial Palace |publicadopor=Lindsayfincher.com |data=23 de abril de 1996 |acessodata=4 de abril de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110903034514/http://www.lindsayfincher.com/2009/11/north-korea-bowing-before-kim-il-sungs-embalmed-corpse-at-the-kumsusan-memorial-palace.html |arquivodata=2011-09-03 |urlmorta=yes }}</ref>

Embora o mandato do presidente seja simbolicamente cumprido pelo falecido Kim Il-sung,<ref name="hitchens07">{{citar jornal|url=http://www.slate.com/id/2180464/|título=Why has the Bush administration lost interest in North Korea?|último =Hitchens|primeiro =Christopher|data=24 de dezembro de 2007|obra=[[Slate (magazine)|Slate]]|acessodata=4 de abril de 2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.ansa.it/ansalatina/notizie/fdg/200909281404357105/200909281404357105.html |título=Ansa.it |publicadopor=Ansa.it |data=2009-09-28 |acessodata=2010-03-11|ligação inativa=outubro de 2010}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www1.korea-np.co.jp/pk/061st_issue/98091708.htm |título=DPRK's Socialist Constitution (Full Text) |acessodata=2007-08-01 |autor=10th [[Supreme People's Assembly]]. |data=1998-09-15 |obra=The People's Korea }}{{Ligação inativa}}</ref> o Líder Supremo até sua morte em dezembro de 2011 foi [[Kim Jong-il]], que foi secretário-geral do [[Partido dos Trabalhadores da Coreia]] e [[Presidente da Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte]]. A legislatura da Coreia do Norte é a [[Assembleia Popular Suprema]], atualmente liderada pelo presidente [[Kim Yong-nam]]. A outra figura importante do governo é o [[Lista de primeiros-ministros da Coreia do Norte|primeiro-ministro]] [[Choe Yong-rim]].

A estrutura do governo é descrita na Constituição da Coreia do Norte, de 2009 e que oficialmente rejeita o [[comunismo]] como ideologia fundadora do país. O partido governante por lei é a Frente Democrática para a Reunificação da Pátria, uma coalizão do [[Partido dos Trabalhadores da Coreia]] e outros dois partidos menores, o Partido Social Democrático Coreano e o Partido Chongu Chondoista. Estes partidos nomeiam todos os candidatos aos cargos e mantêm todos os assentos na Assembleia Popular Suprema. Eles têm poder insignificante, visto que o líder detém o controle [[Autocracia|autocrático]] sobre os assuntos da nação.<ref>{{citar jornal|url=http://www.reuters.com/article/2009/09/28/idUSSEO253213|título=North Korea drops communism, boosts "Dear Leaders"|primeiro =Jon|último =Herskovitz|primeiro2 =Christine|último2 =Kim|data=28 de setembro de 2009 |acessodata=4 de abril de 2013|publicadopor=Reuters}}</ref> Em junho de 2009, foi descoberto que o próximo líder do país seria [[Kim Jong-un]], o mais novo dos três filhos de Kim Jong-il.<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/8078324.stm|título=N Korea 'names Kim's successor' |data=2 de junho de 2009|publicadopor=BBC|acessodata=4 de abril de 2013}}</ref> Isto foi confirmado em 19 de dezembro de 2011, após a morte de Kim Jong-il.<ref>{{citar jornal|url = http://online.wsj.com/article/SB10001424052970204791104577107350219610874.html |título= Kim Jong Il Has Died |data= 18 de dezembro de 2011 |acessodata= 4 de abril de 2013 |autor = Alastair Gale |publicadopor= [[The Wall Street Journal Asia]]}}</ref>

=== Culto à personalidade ===
{{AP|Culto à personalidade na Coreia do Norte}}
[[Imagem:Mansudae-Monument-Bow-2014.jpg|thumb|Estátuas de [[Kim Il-sung]] e [[Kim Jong-il]], no [[Grande Monumento Mansudae]], [[Pyongyang]].]]
[[Imagem:PYONGYANG CITY DPR KOREA OCT 2012 (8179223922).jpg|thumb|Prédios públicos em [[Pyongyang]] com retratos dos líderes do país.]]
[[Imagem:Sinpyong Lake, North Korea (2921982738).jpg|thumb|Pintura que refere os ditadores [[Kim Il-sung]] e [[Kim Jong-il]] no topo da [[Montanha Baekdu]].]]

O governo norte-coreano exerce controle sobre muitos aspectos da cultura do país e esse controle é usado para perpetuar um [[culto de personalidade]] em torno de [[Kim Il-sung]],<ref>[[Brian Reynolds Myers|Brian R. Myers]]: ''The Cleanest Race: How North Koreans See Themselves and Why It Matters.'' Paperback edition, 2011, p. 100</ref> e, em menor medida, à [[Kim Jong-il]] e [[Kim Jong-un]].<ref>Brian R. Myers: ''The Cleanest Race.'' Paperback edition, 2011, p. 113</ref> Enquanto visitou a Coreia do Norte em 1979, o jornalista Bradley Martin notou que quase toda música, arte e escultura que ele observou era para [[Propaganda|glorificar]] o "Grande Líder" Kim Il-sung, cujo culto de personalidade foi, então, ampliado a seu filho: o "Líder Querido" Kim Jong- il.<ref name="LovingCare">Bradley K. Martin. ''Under the Loving Care of the Fatherly Leader: North Korea and the Kim Dynasty''. ISBN 0-312-32322-0</ref> Bradley Martin também informou que há ainda a crença generalizada de que Kim Il-sung "criou o mundo" e de que Kim Jong-il poderia "controlar o tempo".<ref name="LovingCare" />

Tais relatos são contestados pelo pesquisador da Coreia do Norte Brian R. Myers: "Poderes divinos nunca foram atribuídos a qualquer um dos dois Kims. Na verdade, o aparelho de propaganda em Pyongyang tem sido geralmente cuidadoso ao não fazer declarações que correm diretamente contra a experiência ou o senso comum dos cidadãos".<ref>Brian R. Myers: ''The Cleanest Race.''Paperback edition, 2011, p. 7</ref> Ele explica ainda que a propaganda estatal pintava Kim Jong-il como alguém cujo conhecimento estava em assuntos militares e que a fome da década de 1990 foi parcialmente causada por desastres naturais fora do controle de Kim Jong-il.<ref>Brian R. Myers: ''The Cleanest Race.'' Paperback edition, 2011, pp. 114, 116</ref>

A música "Não há Pátria-Mãe Sem Você" (당신 이 없으면 조국 도 없다), cantada pelo Coro do Exército norte-coreano, foi criada especialmente para Kim Jong-il e é uma das músicas mais populares do país. Kim Il-sung ainda é oficialmente reverenciado como "Presidente Eterno" da nação. Vários monumentos e símbolos na Coreia do Norte foram nomeados para Kim Il-sung, incluindo a [[Universidade Kim Il-sung]], o [[Estádio Kim Il-sung]] e a [[Praça Kim Il-sung]]. [[Desertor]]es têm relatado que as escolas norte-coreanas deificam ambos os líderes, pai e filho.<ref>Chol-hwan Kang and Pierre Rigoulot (2005). ''The Aquariums of Pyongyang: Ten Years in the North Korean Gulag'', Basic Books. ISBN 0-465-01104-7</ref> Kim Il-sung rejeitava a noção de que ele tinha criado um [[culto]] em torno de si mesmo e acusava aqueles que sugeriam isso de "[[sectarismo]]".<ref name="LovingCare" /> Após a morte de Kim Il-Sung, os norte-coreanos foram prostrar e chorar para uma estátua de bronze do presidente falecido em um evento organizado; cenas semelhantes foram transmitidas pela televisão estatal depois da morte de Kim Jong-il.<ref>{{citar jornal|título=DEATH OF A LEADER: THE SCENE; In Pyongyang, Crowds of Mourners Gather at Kim Statue|obra=The New York Times| url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9C04E5D9143FF933A25754C0A962958260|acessodata=4 de abril de 2013 |data=10 de julho de 1994}}</ref>

Analistas dizem que este culto à personalidade de Kim Jong-il foi herdado de seu pai, Kim Il-sung. Kim Jong-il foi muitas vezes o centro das atenções durante toda a vida comum na Coreia do Norte. Seu aniversário é um dos feriados públicos mais importantes no país. Em seu aniversário de 60 anos (com base em sua data oficial de nascimento), celebrações em massa ocorreram em todo o país.<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/1823713.stm|título=North Korea marks leader's birthday|publicadopor=BBC|data=16 de fevereiro de 2002|acessodata=4 de abril de 2013}}</ref> O culto à personalidade de Kim Jong-il, embora significativo, não foi tão amplo como o do seu pai. Um ponto de vista é que o culto à Kim Jong-il era unicamente por respeito a Kim Il-sung ou por medo de punição por falta de homenagem.<ref name="Hermit">{{citar web|url=http://nautilus.org/publications/books/dprkbb/negotiating/dprk-briefing-book-korean-monarch-kim-jong-il-technocrat-ruler-of-the-hermit-kingdom-facing-the-challenge-of-modernity/|título="Korean Monarch Kim Jong Il: Technocrat Ruler of the Hermit Kingdom Facing the Challenge of Modernity" [[Nautilus Institute for Security and Sustainability|The Nautilus Institute]]. Acessado em 18 de dezembro de 2007|último =Mansourov|primeiro =Alexandre}}</ref> A mídia e as fontes governamentais de fora da Coreia do Norte em geral, apoiam esta ponto de vista,<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/6368203.stm|título=Nuclear deal fuels Kim's celebrations|publicadopor=BBC|data=16 de fevereiro de 2007|acessodata=2007-12-18|último =Scanlon|primeiro =Charles}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://news.independent.co.uk/world/asia/article1916374.ece|título=Kim Jong Il, the tyrant with a passion for wine, women and the bomb|publicadopor=The Independent|data=21 de outubro de 2006|acessodata=2007-12-18|último=Coonan|primeiro=Clifford|local=London}}{{Ligação inativa}}</ref><ref>Richard Lloyd Parry. [http://www.timesonline.co.uk/article/0,,25689-2396147,00.html "'Dear Leader' clings to power while his people pay the price"], The Times. 10 October 2006. Retrieved 18 December 2007.</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.nzherald.co.nz/terrorism/news/article.cfm?c_id=340&objectid=10405224|título='North Korea's 'Dear Leader' flaunts nuclear prowess|publicadopor=New Zealand Herald|data=10 de outubro de 2006|acessodata=2007-12-18}}</ref><ref>Compiled by the Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor. [http://www.state.gov/g/drl/rls/hrrpt/2003/27775.htm "Country Reports on Human Rights Practices"] US Department of State. 25 February 2004. Acessado em 18 de dezembro de 2007.</ref> enquanto fontes do governo norte-coreano dizem que é na verdade uma adoração a um verdadeiro herói.<ref>Jason LaBouyer [http://www.korea-dpr.com/lodestar0605v.pdf "When friends become enemies&nbsp;— Understanding left-wing hostility to the DPRK"] {{Wayback|url=http://www.korea-dpr.com/lodestar0605v.pdf |date=20090319072854 }} Lodestar. May/June 2005: pp. 7–9. Korea-DPR.com. Retrieved 18 December 2007.</ref>

B.R. Myers também argumenta que o culto à personalidade norte-coreano não é diferente da adoração à [[Adolf Hitler]] na [[Alemanha nazista]].<ref>Brian R. Myers: ''The Cleanest Race.'' Paperback edition, 2011.</ref> Em 11 de junho de 2012 uma estudante norte-coreana de 14 anos de idade se afogou ao tentar salvar os retratos de Kim Il-sung e Kim Jong-il de uma enchente.<ref>[http://english.peopledaily.com.cn/90777/7859315.html DPRK honors schoolgirl who died saving Kim portraits – People's Daily Online]</ref>

=== Relações exteriores ===
{{Anexo|Missões diplomáticas da Coreia do Norte}}
[[Imagem:North_Korea_-_China_friendship_(5578914865).jpg|thumb|esquerda|A próxima [[Relações entre China e Coreia do Norte|relação com a China]] celebrada no [[Festival Arirang]].]]
[[Imagem:Vladimir_Putin_with_Kim_Jong-Il-7.jpg|thumb|esquerda|[[Kim Jong-Il]] com [[Vladimir Putin]] em 2000.]]

Há muito tempo, a Coreia do Norte mantém estreitas relações com a [[República Popular da China]] e com a [[Rússia]]. A queda do [[comunismo]] na [[Europa Oriental]] em 1989, e a desintegração da [[União Soviética]] em 1991, resultaram em uma queda devastadora da ajuda da Rússia à Coreia do Norte, embora a República Popular da China continue a fornecer ajuda substancialmente. O país continua a ter fortes laços com seus aliados socialistas do Sudoeste da Ásia, como o [[Vietnã]], [[Laos]], e [[Camboja]].<ref>{{Citar web|url=http://www1.korea-np.co.jp/pk/165th_issue/2001072510.htm |título=Kim Yong Nam Visits 3 ASEAN Nations To Strengthen Traditional Ties |acessodata=2007-08-01 |ano=2001 |obra=The People's Korea }}</ref> A Coreia do Norte começou a instalar uma barreira de concreto e arame farpado na sua fronteira ao norte, em reposta ao desejo chinês de reduzir os refugiados que fogem do governo norte-coreano. Anteriormente, a fronteira entre a China e a Coreia do Norte era fracamente patrulhada.<ref>{{citar jornal|url=http://chron.com/disp/story.mpl/front/5084232.html|ligação inativa=julho de 2009|título=Report: N. Korea building fence to keep people in|publicadopor=The Houston Chronicle|acessodata=2009-07-04}}</ref>

Como resultado do programa de armamento nuclear norte-coreano, o [[Grupo dos Seis]] foi estabelecido para procurar uma solução pacífica para o mal-estar crescente entre os governos de ambas Coreias, a [[Rússia|Federação Russa]], a [[República Popular da China]], o [[Japão]], e os [[Estados Unidos]]. Em 17 de julho de 2007, inspetores das [[Nações Unidas]] verificaram o encerramento de cinco instalações nucleares norte-coreanas, segundo um acordo feito em fevereiro de 2007.<ref>{{Citar web|url=http://www.cnn.com/2007/WORLD/asiapcf/07/18/nkorea.iaea/index.html |título=U.N. verifies closure of North Korean nuclear facilities |acessodata=2007-07-18 |autor=CNN }}</ref> Em 4 de outubro de 2007, o presidente sul-coreano [[Roh Moo-Hyun]] e o líder norte-coreano [[Kim Jong-Il]] assinaram um acordo de paz, sobre a questão da paz permanente, conversações de alto nível, cooperação econômica, renovações ferroviárias, viagens áreas e rodoviárias, e uma seleção olímpica conjunta.

Os [[Estados Unidos]] e a [[Coreia do Sul]] anteriormente designavam o Norte como um Estado patrocinador do [[terrorismo]].<ref>{{Citar web | url=http://www.state.gov/s/ct/rls/crt/2007/103711.htm | título=Country Reports on Terrorism: Chapter 3 -- State Sponsors of Terrorism Overview | autor=Office of the Coordinator for Counterterrorism | acessodata=2008-06-26 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20100220062057/http://www.state.gov/s/ct/rls/crt/2007/103711.htm | arquivodata=2010-02-20 | urlmorta=yes }}</ref> Em 1983, uma bomba matou membros do governo da Coreia do Sul e destruiu um avião comercial sul-coreano; estes ataques foram atribuídos à Coreia do Norte.<ref>{{Citar web|url=http://www.washingtonpost.com/wp-srv/world/countries/korea.html |título=Country Guide|acessodata=2008-06-26|autor=Washington Post}}</ref> O país também admitiu a responsabilidade pelo sequestro de 13 cidadãos japoneses nas décadas de 1970 e 1980, cinco dos quais retornaram ao Japão em 2002.<ref>{{Citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/5074234.stm |título="N Korea to face Japan sanctions" |acessodata=2008-06-26|autor=BBC}}</ref> Em 11 de outubro de 2008, os Estados Unidos removeram a Coreia do Norte de sua lista dos Estados patrocinadores do terrorismo.<ref>{{citar jornal| url = http://www.cnn.com/2008/WORLD/asiapcf/10/11/us.north.korea/index.html |título= U.S. takes North Korea off terror list |publicadopor= CNN |data= 2008-10-11 |acessodata= 2008-10-11}}</ref>

A maioria das embaixadas estrangeiras conectadas com laços diplomáticos à Coreia do Norte estão situadas em [[Pequim]], ao invés de [[Pyongyang]].<ref>{{Citar web |url=http://app.yonhapnews.co.kr/YNA/Basic/article/search/YIBW_showSearchArticle.aspx?searchpart=article&searchtext=%E5%8C%97%20%EC%88%98%EA%B5%90%EA%B5%AD%20%EC%83%81%EC%A3%BC%EA%B3%B5%EA%B4%80&contents_id=AKR20090302193700083 |título=北 수교국 상주공관, 평양보다 베이징에 많아 |acessodata=4 de abril de 2013 |data=2 de março de 2009 |obra=[[Yonhap News]] |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110429043944/http://app.yonhapnews.co.kr/YNA/Basic/article/search/YIBW_showSearchArticle.aspx?searchpart=article&searchtext=%E5%8C%97%20%EC%88%98%EA%B5%90%EA%B5%AD%20%EC%83%81%EC%A3%BC%EA%B3%B5%EA%B4%80&contents_id=AKR20090302193700083 |arquivodata=2011-04-29 |urlmorta=yes }}</ref>

==== Cobertura midiática da Coreia do Norte ====
{{Artigo principal|Cobertura da mídia sobre a Coreia do Norte}}Para alguns atores do jornalismo internacional, como a correspondente do [[The Guardian]] Tania Branigan<ref>{{Citar web|url=https://www.uclan.ac.uk/centres/iksu|titulo=International Institute of Korean Studies|acessodata=2024-12-16|website=University of Central Lancashire|lingua=en}}</ref> e o escritor-colunista especialista em estudos sobre a Coreia David Tizzard<ref>{{Citar web|ultimo=bryanbetts|url=https://www.nknews.org/2022/03/review-offering-red-pill-about-north-korea-new-book-instead-jettisons-truth/|titulo=Review: Offering red pill about North Korea, new book instead jettisons truth {{!}} NK News|data=2022-03-01|acessodata=2024-12-16|website=NK News - North Korea News|lingua=en-US}}</ref>, a cobertura midiática de eventos envolvendo a Coreia do Norte costuma ser prejudicada por uma extrema falta de informação confiável, junto com uma grande quantidade de falsidades sensacionalistas.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.bbc.com/news/av/world-asia-60024510 |título=Purges and piranhas: Why we love a crazy North Korea story |acessodata=2024-08-30 |lingua=en-GB}}</ref> Na ausência de evidências sólidas, alguns meios de comunicação recorrem ao sensacionalismo, baseando suas reportagens em rumores. Estereótipos, exageros ou [[Caricatura|caricaturas]] distorcem algumas notícias sobre a Coreia do Norte. Algumas reportagens de veículos tipicamente considerados confiáveis foram baseadas em sátiras produzidas por humoristas.<ref>{{Citar web|url=https://www.taipeitimes.com/News/editorials/archives/2014/01/13/2003581169|titulo=Hyperbole, sensationalism and surreal stories about North Korea - Taipei Times|data=2014-01-13|acessodata=2024-08-30|website=www.taipeitimes.com}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20160618122326/http://www.huffingtonpost.com/2014/04/28/north-korea-rumors_n_5160797.html|titulo=10 Of The Craziest Rumors From North Korea, Fact-Checked|data=2016-06-18|acessodata=2024-08-30|website=web.archive.org}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20170314020445/http://sinonk.com/2012/07/25/beware-the-north-korean-rumor-mill-chris-green-on-sourcing-and-quality-of-borderlands-information/|titulo=Beware the North Korean Rumor Mill: Chris Green on Sourcing and Quality of Borderlands Information {{!}} Sino-NK|data=2017-03-14|acessodata=2024-08-30|website=web.archive.org}}</ref>

Uma revisão acadêmica feita em 2009 sobre a cobertura internacional a respeito das questões nucleares concernentes à Coreia do Norte chegou à conclusão de que a nacionalidade e a posição política dos jornalistas têm um impacto significativo sobre as considerações feitas sobre o Estado.<ref>{{citar periódico |título=International media coverage of North Korea: Study of journalists
and news reports on the six-party nuclear talks |data=2009 |acessodata=16-12-2024 |periódico=Asian Journal of Communication |número=19(1) |ultimo=Seo |primeiro=Hyunjin |paginas=1-17}}</ref> Um outro estudo mais recente, de caráter extensivo e usando [[Triangulação (ciências sociais)|métodos quanti-qualitativos]], realizado em 2022, o qual analisou vinte anos de notícias sobre a Coreia do Norte produzidas por veículos britânicos, indica que nos últimos anos a cobertura realizada teria se tornado mais "multidimensional", no sentido de reportar outras esferas da vida para além dos [[Programa nuclear norte-coreano|projetos nucleares]], como futebol e turismo. Ainda assim, concluiu-se que a maior parte das notícias veiculadas versou sobre a família de [[Kim Jong-un]] ou mísseis, e a cobertura em geral se viu impulsionada por [[Jornalismo tabloide|tabloidização]] e [[sensacionalismo]], segundo os autores.<ref>{{Citar periódico |url=https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/02673231221123203?icid=int.sj-abstract.citing-articles.7 |título=The ‘Kim Jong-un Effect’ and the mainstreaming of North Korea coverage in UK Media |data=2023-06-01 |acessodata=2024-12-16 |periódico=European Journal of Communication |número=3 |ultimo=Seo |primeiro=Soomin |ultimo2=Choi |primeiro2=Jungsik |paginas=287–306 |lingua=en |doi=10.1177/02673231221123203 |issn=0267-3231 |ultimo3=Choi |primeiro3=Hayoung}}</ref>

=== Forças armadas ===
{{Artigo principal|Forças Armadas da Coreia do Norte}}
{{Vertambém|Programa nuclear norte-coreano}}
[[Imagem:North Korea's ballistic missile - North Korea Victory Day-2013 01.jpg|thumb|[[Míssil balístico]] norte-coreano exposto em uma parada militar.]]

[[Kim Jong-un]] é o Comandante Supremo das Forças Armadas da Coreia do Norte, denominado oficialmente de [[Exército Popular da Coreia do Norte|Exército Popular da Coreia]] (kPa), e Presidente da Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte. As Forças armadas norte-coreanas possuem quatro ramos: Força Terrestre, Força Naval, Força Aérea, e o Departamento de Segurança do Estado. De acordo com o Departamento de Estado dos Estados Unidos, a Coreia do Norte tem o quinto maior exército do mundo, com uma população de militares estimada em 1,21 milhão, com cerca de 20% dos homens situados na faixa de 17 a 54 anos de idade nas forças armadas regulares.<ref name="bgn2">{{Citar web|url=http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/2792.htm |título=Background Note: North Korea |acessodata=2007-08-01 |autor=[[Bureau of East Asian and Pacific Affairs]] |mes=April | ano=2007 |obra=[[United States Department of State]] }}</ref> A Coreia do Norte tem a maior porcentagem de pessoas militares per capita da população inteira, com aproximadamente 1 soldado alistado para 25 cidadãos norte-coreanos.<ref>{{Citar web|url=http://www.nationmaster.com/graph/mil_arm_per_percap-military-army-personnel-per-capita |título=Army personnel (per capita) by country |acessodata=2007-08-01 |ano=2007 |obra=NationMaster }}</ref> A estratégia militar é designada para inserção de agentes e sabotagem atrás de linhas inimigas durante uma guerra,<ref name="bgn" /> com grande parte das forças da kPa estacionadas ao longo da altamente fortificada [[Zona Desmilitarizada da Coreia]]. O Exército Popular da Coreia opera uma grande quantidade de equipamentos, incluindo 4&nbsp;060 tanques de guerra, 2&nbsp;500 [[Veículo blindado de transporte de pessoal|VBTPs]], 17&nbsp;900 peças de artilharia (incl. [[morteiro]]s), 11&nbsp;000 armas aéreas de defesa da Força Terrestre; pelo menos 915 navios da Marinha e 1&nbsp;748 aviões da Força Aérea,<ref>[http://lcweb2.loc.gov/frd/cs/profiles/North_Korea.pdf Library of Congress country study], see p. 19 - Major Military Equipment</ref> bem como cerca de 10&nbsp;000 MANPADS e mísseis antitanques.<ref>[http://www.soldiering.ru/country/guide2003/army-09.php Армии стран мира : К], soldiering.ru</ref> O equipamento é uma mistura de veículos da Segunda Guerra Mundial e pequenas armas, altamente proliferadas da tecnologia da [[Guerra Fria]], e as mais modernas armas soviéticas. De acordo com a mídia oficial norte-coreana, os gastos militares para 2009 são 15,8% do Produto Interno Bruto.<ref>[http://www.kcna.co.jp/index-e.htm KCNA] Past news, April 9, 2009</ref>
[[Ficheiro:Dprk-infographic nti-version 170213 print.pdf|thumb|esquerda|Principais mísseis norte-coreanos e seu alcance máximo ao redor do mundo {{en}}.]]

A Coreia do Norte possui programas de armas nucleares e de mísseis balísticos o que motivou o Conselho de Segurança das Nações Unidas a aprovarem as resoluções 1695 de julho de 2006, 1718 de outubro de 2006 e 1874 de junho de 2009, para verificações e precauções com a realização de testes nucleares e de mísseis. O país provavelmente tem material físsil para até 9 armas nucleares,<ref>[http://isis-online.org/mapproject/country_pages/northkorea.html ISIS Fast Facts on North Korea] {{Wayback|url=http://isis-online.org/mapproject/country_pages/northkorea.html |date=20090417012341 }}; accessed 21 April 2009</ref> e tem a capacidade de implantar ogivas nucleares em [[míssil balístico de médio alcance|mísseis balísticos de médio alcance]].<ref>{{Citar web|url=http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/asia/article6155956.ece|título=North Korea is fully fledged [[nuclear powers|nuclear power]], experts agree|acessodata=2009-04-25}}</ref>

A Coreia do Norte também vende seus mísseis e equipamentos militares para o exterior. Em abril de 2009 as Nações Unidas chamaram a Corporação de Vendas de Minas da Coreia (aka KOMID) como o negociante primário de armas da Coreia do Norte e principal exportador de equipamentos relacionados a mísseis balísticos e armas convencionais. A ONU também chamou a [[Ryonbong]] coreana de ajudante das vendas militares norte-coreanas.

Em 6 de outubro de 2009, a Coreia do Norte anunciou que estava pronta para retomar o seu centro nuclear em Yongbyon, embora o alto-escalão do governo anunciassem que o país ainda mantém em aberto a possibilidade de desarmamento nuclear, porém apenas depois dos Estados Unidos concordarem em conduzir conversas diretas com a Coreia do Norte. A ausência de diálogo com os Estados Unidos foi dita ser o único obstáculo para Pyongyang retomar as reuniões do ''[[Diálogo a Seis|six-party talks]]''. O governo norte-americano disse que estava preparado para discutir o assunto, mas que havia certas condições a serem cumpridas. Na época, [[Kim Jong-il]] disse que como resultado de conversas com a delegação chinesa, as relações hostis entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos devem ser transformadas em laços de paz através de negociações bilaterais.<ref name="oct6">{{Citar web|url=http://english.pravda.ru/world/asia/06-10-2009/109697-north_korea-0|título=North Korea Prepared to Disarm and Launch Nuclear Reactor |acessodata=2009-10-06 |data=2009-10-06 |publicado=Pravda.ru}}</ref> Desde 2006, a Coreia do Norte já realizou cinco [[Teste de arma nuclear|experiências nucleares]]. Todos esses testes foram amplamente repudiados pela comunidade internacional.<ref>{{Citar periódico|data=2016-09-09|titulo=Coreia do Norte faz o quinto e mais potente teste nuclear de sua história|jornal=Jornal Nacional|url=http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/09/coreia-do-norte-faz-o-quinto-e-mais-potente-teste-nuclear-de-sua-historia.html}}</ref>

=== Direitos humanos ===
{{Artigo principal|Direitos humanos na Coreia do Norte}}
{{Location map+|Coreia do Norte
|caption =Mapa dos [[Campo de concentração|campos de concentração]] de prisioneiros políticos (cor vermelha) e de prisioneiros comuns (cor azul) na Coreia do Norte.<ref>[[Agência Nacional de Informação Geoespacial]] dos [[Estados Unidos]]</ref>
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{{Location map~|Coreia do Norte
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}}

Múltiplas organizações internacionais de direitos humanos, incluindo a [[Anistia Internacional dos Estados Unidos]] e a [[Human Rights Watch]] em idioma inglês, acusam a Coreia do Norte de ter um dos piores registros de [[direitos humanos]] de qualquer nação.<ref>{{Citar web |url=http://www.amnestyusa.org/countries/north_korea/index.do |título=Our Issues, North Korea |acessodata=2007-08-01 |autor=[[Amnesty International]] |ano=2007 |obra=Human Rights Concerns |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070329050950/http://www.amnestyusa.org/countries/north_korea/index.do |arquivodata=2007-03-29 |urlmorta=yes }}</ref> Os norte-coreanos têm sido referidos como "algumas das pessoas mais brutalizadas do mundo" pela Human Rights Watch, devido às severas restrições às suas liberdades políticas e econômicas.<ref>{{Citar web|url=http://hrw.org/english/docs/2007/05/16/nkorea15944.htm |título=Grotesque indifference |acessodata=2007-08-01 |autor=Seok, Kay |data=2007-05-15 |obra=[[Human Rights Watch]] }}</ref> [[Desertor]]es norte-coreanos, como [[Lee Soon-ok]]<ref>''[[Os Olhos dos Animais sem Cauda. As Memórias de uma Mulher norte-coreana na Prisão]].'' [[Lee Soon-ok]], Ed. Horizontes América Latina, 2008. ISBN 9788589195683 Adicionado em 16 de novembro de 2014.</ref> e [[Shin Dong-hyuk]],<ref>''[[Fuga do Campo 14]].'' Blaine Harden, Editora [[Intrínseca]], 2012. ISBN 9788580571653 Adicionado em 16 de novembro de 2014.</ref> testemunharam a existência de campos de concentração com uma estimativa de 150&nbsp;000 a 200&nbsp;000 presos (cerca de 0,85% da população), e reportaram [[tortura]]s, [[fome]], [[estupro]]s, [[assassinato]]s, experimentos médicos desumanos, trabalhos, e [[aborto]]s forçados.<ref name="hrnk">{{Citar web |url=http://hrnk.org/hiddengulag/part3.html |título=The Hidden [[Gulag]]: Exposing North Korea’s Prison Camps - Prisoners' Testimonies and Satellite Photographs |acessodata=2007-08-01 |autor=Hawk, David |ano=2003 |obra=[[U.S. Committee for Human Rights in North Korea]] |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090814102917/http://www.hrnk.org/hiddengulag/part3.html |arquivodata=2009-08-14 |urlmorta=yes }}</ref> [[Prisioneiro político|Prisioneiros políticos]] condenados e suas famílias são enviados para estes campos, onde são proibidos de casar-se, cultivar seu próprio alimento, e é cortada a comunicação externa.<ref>[http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+kp0163) North Korea - Punishment and the Penal System], Library of Congress]</ref>

O sistema alterou-se ligeiramente no final dos [[anos 1990]], quando o [[crescimento vegetativo]] tornou-se muito baixo. Em muitos casos, onde a pena foi ''[[de facto]]'', substituída por punições menos severas. O [[suborno]] tornou-se prevalente em todo o país. No entanto, muitos norte-coreanos, agora, ilegalmente, usam vestimentas de origem sul-coreana, ouvem à música deles, assistem suas fitas de vídeo e recebem suas transmissões.<ref>{{citar jornal|título=South Korean Dramas Are All the Rage among North Korean People |obra=The Daily NK |autor =Yoon Il Geun |data=2007-11-02 |url=http://www.dailynk.com/english/read.php?cataId=nk01500&num=2862 }}</ref><ref>{{citar jornal|título=North Korean People Copy South Korean TV Drama for Trade |obra=The Daily NK |autor =Lee Sung Jin |data=2008-02-22 |url=http://www.dailynk.com/english/read.php?cataId=nk01500&num=3290}}</ref>

Em 18 de novembro de 2014, a [[ONU]] condenou as violações dos direitos humanos na Coreia do Norte, dando um primeiro passo para julgar a Coreia por [[crimes contra a humanidade]].<ref>{{citar jornal|titulo=ONU condena violações dos direitos humanos na Coreia do Norte |editor=Tvi24 |data=18 de novembro de 2014|url=http://www.tvi24.iol.pt/internacional/19-11-2014/onu-condena-violacoes-dos-direitos-humanos-na-coreia-do-norte}}</ref> A resolução foi aprovada por 111 votos a favor e 19 contra.<ref>{{citar jornal|titulo=UN vote blasts N. Korea on rights |editor=Bangkok Post |data=19 de novembro de 2014|url=http://www.bangkokpost.com/news/asia/444204/un-committee-votes-to-hold-north-korea-accountable-for-abuses}}</ref>

A [[Pena de morte|pena capital]] é amplamente empregada na Coreia do Norte, inclusive para situações aparentemente corriqueiras, tais como: manifestações religiosas não autorizadas, distribuição de [[pornografia]], manter contato com pessoas de fora do país ou até mesmo assistir a filmes sul-coreanos ou americanos. Muitas das execuções são públicas.<ref>{{Citar web|url=http://www.curtoecurioso.com/2015/06/13-coisas-comuns-da-sua-vida-que-dao.html|titulo=13 coisas comuns da sua vida que dão pena de morte na Coreia do Norte|acessodata=2016-10-09}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.meionorte.com/entretenimento/curiosidade/13-coisas-que-dao-pena-de-morte-na-coreia-do-norte-295151|titulo=13 coisas que dão pena de morte na Coreia do Norte - Curiosidade|acessodata=2016-10-09|obra=Portal meionorte.com}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/08/1508456-na-coreia-do-norte-ver-filme-dos-eua-leva-a-pena-capital.shtml|titulo=Na Coreia do Norte, ver filme dos EUA leva à pena capital - 30/08/2014 - Mundo - Folha de S.Paulo|acessodata=2016-10-09|obra=www1.folha.uol.com.br}}</ref>

=== Reunificação coreana ===
{{Artigo principal|Reunificação coreana}}
A política da Coreia do Norte focaliza buscar a reunificação com o Sul, sem que haja uma interferência externa, através de uma estrutura federal que mantenha a liderança de cada lado da península. Ambas as Coreias do Norte e Sul assinaram a [[Declaração Conjunta Norte-Sul de 15 de junho]] na qual os dois lados fizeram promessas de procurar uma reunificação pacífica.<ref>{{Citar web|url=http://www.kcckp.net/en/one/nation.php?1+joint|título="Naenara"-Korea is One-Leader and Nation-June 15 North-South Joint Declaration|data=2000-06-15|obra=Naenara|publicado=Korea Computer Center in DPR Korea|acessodata=2009-07-04|arquivourl=https://web.archive.org/web/20060103161640/http://www.kcckp.net/en/one/nation.php?1+joint|arquivodata=2006-01-03|urlmorta=yes}}</ref> A República Federal Democrática da Coreia é um Estado proposto, mencionado primeiramente pelo presidente norte-coreano Kim Il Sung em 10 de outubro de 1980, propondo uma federação entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul na qual os respectivos sistemas políticos inicialmente permaneceriam.<ref>{{Citar web|url=http://www.songunpoliticsstudygroup.org/Oct102008/W-801010.HTM|título=REPORT TO THE SIXTH CONGRESS OF THE WORKERS’ PARTY OF KOREA ON THE WORK OF THE CENTRAL COMMITTEE|último=Kim|primeiro=Il Sung|data=1980-10-10|publicado=Songun Politics Study Group (USA)|acessodata=2009-07-04|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090829094118/http://www.songunpoliticsstudygroup.org/Oct102008/W-801010.HTM|arquivodata=2009-08-29|urlmorta=yes}}</ref>

== Subdivisões ==
{{artigo principal|Subdivisões da Coreia do Norte}}

{{Subdivisões da Coreia do Norte}}

== Economia ==
{{artigo principal|Economia da Coreia do Norte}}
[[Imagem:Panoramic view from Juche Tower.jpg|thumb|esquerda|upright=1.4|Vista de [[Pyongyang]], a capital e o maior centro comercial da Coreia do Norte. O [[Hotel Ryugyong]] pode ser visto ao fundo.]]

A Coreia do Norte tem uma economia industrializada, autárquica, e altamente centralizada. Dos cinco [[Estado socialista|países socialistas]] do mundo, a Coreia do Norte é um dos apenas dois (junto a [[Cuba]]) com uma economia inteiramente planejada pelo governo, e própria do Estado. A política de isolação da Coreia do Norte faz com que o comércio internacional seja muito restrito, dificultando um potencial significativo do crescimento da economia. No entanto, devido à sua localização estratégica no [[Leste da Ásia]], conectada às quatro maiores economias da região e tendo uma mão de obra barata e jovem e qualificada, é esperado que a economia da Coreia do Norte cresça de 6 a 7% anualmente "como os certos incentivos e medidas de reforma".<ref>{{citar jornal|url=http://www.koreatimes.co.kr/www/news/nation/2008/10/116_33510.html|título=<nowiki>[</nowiki>58 Anniversary<nowiki>]</nowiki> Major Changes Are Coming to N. Korea|último =Ha|primeiro =Michael|data=2008-10-29|obra=The Korea Times|acessodata=2009-07-04}}</ref>

Até 1998, as [[Nações Unidas]] publicavam o [[Índice de Desenvolvimento Humano|IDH]] e o [[PIB per capita|PIB ''per capita'']] da Coreia do Norte, que se situava em um nível médio de desenvolvimento humano em 0,766 (na 75º posição) e o PIB ''per capita'' de US$ 4&nbsp;058. A média salarial é de cerca de US$ 47 por mês.<ref>[http://www.csmonitor.com/2004/1202/p11s01-trgn.html Welcome to North Korea. Rule No. 1: Obey all rules], Steve Knipp, Contributor to The Christian Science Monitor. December 2, 2004.</ref> Apesar dos problemas econômicos, a qualidade de vida está melhorando e os salários estão subindo constantemente.<ref>{{citar jornal|url=http://www.hani.co.kr/arti/english_edition/e_international/212761.html|título=<nowiki>[</nowiki>Feature<nowiki>]</nowiki> In reclusive North, signs of economic liberalization|último =Ryu|primeiro =Yi-geun|coautor=Daniel Rakove|data=2007-05-30|obra=The Hankyoreh|publicadopor=The Hankyoreh Media Company|acessodata=2009-07-04}}</ref> Mercados privados de pequena escala, conhecidos como ''janmadang'', existem em todo o país e fornecem à população comidas importadas e determinados ''[[commodity|commodities]]'' em troca de dinheiro, ajudando então a prevenir a grave fome.<ref>[http://www.dailynk.com/english/read.php?cataId=nk00400&num=2828 Jangmadang Will Prevent "Second Food Crisis" from Developing], DailyNK, 2007-10-26</ref>
[[Imagem:The Koreas at Night (PT).jpg|thumb|[[Península Coreana]] à noite a partir da [[Estação Espacial Internacional]]. A disparidade dos níveis de iluminação é um indicador da diferença em desenvolvimento energético e econômico entre a Coreia do Norte e a [[Coreia do Sul]].<ref>{{citar jornal|último =Zeller Jr. |primeiro =Tom |título=The Internet Black Hole That Is North Korea |publicadopor=[[The New York Times]] |data=23 de outubro de 2006 | url=http://www.nytimes.com/2006/10/23/technology/23link.html |acessodata=26 de dezembro de 2008}}</ref><ref>{{citar jornal |último=Powell |primeiro=Bill |título=North Korea |publicadopor=[[Time (revista)|Time]] |data=14 de agosto de 2007 |url=http://www.time.com/time/topics/article/0,8599,1653050,00.html |acessodata=26 de dezembro de 2008 }}{{Ligação inativa}}</ref>]]

A economia da Coreia do Norte é completamente nacionalizada, o que significa que alimentos, habitação, saúde e educação são oferecidos pelo Estado gratuitamente.<ref>{{Citar web|url=http://lcweb2.loc.gov/frd/cs/profiles/North_Korea.pdf|título=COUNTRY PROFILE: NORTH KOREA  |data=julho de 2007|publicado=Library of Congress – Federal Research Division|acessodata=2009-07-04}}</ref> A cobrança de impostos foi abolida desde 1º de abril de 1974.<ref>{{Citar web|url=http://www.globalsecurity.org/wmd/library/news/dprk/2006/dprk-060321-kcna03.htm |título=DPRK--Only Tax-free Country |acessodata=2009-06-19}}</ref> A fim de aumentar a produtividade da agricultura e da indústria, desde os anos 1960, o governo norte-coreano introduziu inúmeros sistemas de gestão tais como o sistema de trabalho Taean.<ref>[http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+kp0072) The Taean Work System]</ref> No século XXI, o crescimento do PIB norte-coreano foi lento, porém constante, embora nos últimos anos, o crescimento gradualmente acelerou em 3,7% em 2008, o ritmo mais rápido em quase uma década, largamente devido a um forte crescimento de 8,2% no setor de agricultura.<ref name="koreatimes.co.kr">http://koreatimes.co.kr/www/news/nation/2009/06/123_47603.html</ref> Isto veio como uma surpresa, dado que a maioria das economias reportaram um crescimento menor, devido à [[crise econômica de 2008-2009|crise global financeira de 2008–2009]].

Com base em estimativas de 2002, o setor dominante da economia norte-coreana é a indústria (43,1%), seguida pela prestação de serviços (33,6%) e a agricultura (23,3%). Em 2004, foi estimado que a agricultura empregou 37% da força de trabalho, enquanto a indústria e a prestação de serviços empregaram os restantes 63%.<ref name="cia-kn" /> As maiores indústrias incluem produtos militares, construção de máquinas, energia elétrica, produção química, mineração, metalurgia, produção têxtil, processamento de alimentos e turismo.

Em 2005, a Coreia do Norte foi estimada pela [[Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação|FAO]] na 10ª colocação em produção de frutas frescas<ref>{{Citar web|url=http://www.fao.org/es/ess/top/commodity.html?lang=en&item=619&year=2005|título=MAJOR FOOD AND AGRICULTURAL COMMODITIES AND PRODUCERS - Countries by commodity|data=2005|publicado=UN FAO Statistics Division|acessodata=2009-07-04}}</ref> e na 19ª na produção de maçãs.<ref>{{Citar web|url=http://www.fao.org/es/ess/top/commodity.html?item=515&lang=en&year=2005|título=MAJOR FOOD AND AGRICULTURAL COMMODITIES AND PRODUCERS - Countries by commodity|data=2005|publicado=UN FAO Statistics Division|acessodata=2009-07-04}}</ref> O país tem importantes recursos naturais e é o 18º maior produtor de [[ferro]] e [[zinco]] do mundo, tendo a 22ª maior reserva de [[carvão]] do mundo. Também é o 15ª maior produtor de [[fluorita]] e o 12º maior produtor de [[cobre]] e [[sal]] na Ásia. Outras maiores reservas naturais em produção incluem: [[chumbo]], [[tungstênio]], [[grafita]], [[magnesita]], [[ouro]], [[pirita]] e energia hidráulica.<ref name="cia-kn" />

=== Comércio exterior ===
[[Imagem:Industry_Hamhung,_North_Korea.jpg|thumb|esquerda|Indústria em [[Hamhung]].]]
A China e a Coreia do Sul são os maiores doadores de alimentos da Coreia do Norte. Os Estados Unidos alegam que não doam alimentos devido à falta de supervisão.<ref name="assistance">{{Citar web |url=http://internationalrelations.house.gov/archives/109/4-06usaid.pdf |título=Report on U.S. Humanitarian assistance to North Koreans |acessodata=2007-08-01 |data=2006-04-15 |obra=[[United States House Committee on Foreign Affairs]] |formato=PDF |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070309205512/http://internationalrelations.house.gov/archives/109/4-06usaid.pdf |arquivodata=2007-03-09 |urlmorta=yes }}</ref> Em 2005, a China e a Coreia do Sul combinaram fornecer 1 milhão de toneladas de alimentos, cada um contribuindo metade.<ref>{{Citar web|url=http://hrw.org/english/docs/2006/10/10/nkorea14381.htm |título=North Korea: Ending Food Aid Would Deepen Hunger |acessodata=2007-08-02 |data=2006-10-11 |obra=[[Human Rights Watch]] }}</ref> Para além da ajuda alimentar, a China fornece uma estimativa de 80 a 90% das importações de petróleo da Coreia do Norte a "preços amigáveis" que são nitidamente inferiores ao preço do mercado mundial.<ref>{{Citar web|url=http://www.koreaherald.co.kr/SITE/data/html_dir/2006/10/26/200610260049.asp |título=China's N.K. policy unlikely to change |acessodata=2007-08-02 |autor=Nam, Sung-wook |data=2006-10-26 |obra=The [[Korea Herald]] }}</ref>

[[Imagem:North Korea Product Exports (2019).svg|thumb|esquerda|Principais produtos de [[exportação]] da Coreia do Norte em 2019 {{en}}.]]

Em 19 de setembro de 2005, a Coreia do Norte prometeu ajuda combustível e vários outros incentivos não relacionados ao alimentício da [[Coreia do Sul]], dos [[Estados Unidos]], do [[Japão]], da [[Rússia]], e da [[República Popular da China]] em troca de abandonar o programa de armamento nuclear e regressar ao [[Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares]]. Fornecendo alimentos em troca de abandonar programas de armamentos foi, historicamente, evitado pelos Estados Unidos para não ser visto como um "usar comida como uma arma".<ref name="cankor">{{Citar web |url=http://www.cankor.ca/issues/220.htm |título=Fourth round of Six-Party Talks |acessodata=2007-08-01 |data=2005-09-27 |obra=CanKor, on Korean Peace and Security |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070929191454/http://www.cankor.ca/issues/220.htm |arquivodata=2007-09-29 |urlmorta=yes }}</ref> A ajuda humanitária dos vizinhos da Coreia do Norte foi cortada, por vezes, para provocar a Coreia do Norte a retomar negociações boicotadas. Por exemplo, a Coreia do Sul teve a "consideração adiada" de 500&nbsp;000 toneladas de arroz para o Norte em 2006, porém a ideia de fornecer alimentos como um claro incentivo (em oposição em retomar a "ajuda humanitária em geral") tem sido evitada.<ref>{{Citar web|url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/07/13/AR2006071300751.html |título=S. Korea Suspends Food Aid to North |acessodata=2007-08-02 |autor=Faiola, Anthony |data=2006-07-14 |obra=[[Washington Post]] }}</ref> Há também rompimentos da ajuda devido ao roubo generalizado de vagões usados pela China para entregar ajuda alimentar.<ref name="FT">{{Citar web|url=http://www.ft.com/cms/s/0/bfc9a8a8-7d9c-11dc-9f47-0000779fd2ac.html?nclick_check=1 |título=China halts rail freight to North Korea|acessodata=2007-10-18 |data=2007-10-18 |obra=Financial Times}}</ref>

Em julho de 2002, a Coreia do Norte começou a experimentar o capitalismo privado na [[Região Industrial de Kaesong]].<ref>{{Citar web|url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?sec=travel&res=9407E0D91239F936A1575AC0A9649C8B63 |título=North Korea to Let Capitalism Loose in Investment Zone |acessodata=2007-08-02 |autor=French, Howard W. |data=2002-09-25 |obra=[[The New York Times]] }}</ref> Um pequeno número de outras áreas foram designadas como Regiões Administrativas Especiais, incluindo [[Sinŭiju]] junto com a [[fronteira China-Coreia do Norte]]. A China e a Coreia do Sul são os maiores parceiros comerciais da Coreia do Norte, sendo que o comércio com a China aumentou 15% a US$ 1,6 bilhões em 2005, e o comércio com a Coreia do Sul aumentou 50% a mais de 1 bilhão pela primeira vez em 2005.<ref name="cankor" /> É relatado que o número de telefones móveis em Pyongyang passou de apenas 3&nbsp;000 em 2002 para aproximadamente 20&nbsp;000 durante o ano de 2004.<ref>{{Citar web|url=http://yaleglobal.yale.edu/display.article?id=5145 |título=Chinese Cell Phone Breaches North Korean Hermit Kingdom |acessodata=2007-08-02 |autor=MacKinnon, Rebecca |data=2005-01-17 |obra=Yale Global Online }}</ref> Em junho de 2004, no entanto, os telefones móveis tornaram-se proibidos novamente.<ref>{{Citar web|url=http://www.smh.com.au/articles/2004/06/04/1086203598828.html |título=North Korea recalls mobile phones |acessodata=2007-08-02 |data=2004-06-04 |obra=[[The Sydney Morning Herald]] }}</ref> Um pequeno número de elementos capitalistas estão gradualmente se espalhando da área experimental, incluindo cartazes de publicidades ao longo de certas estradas. Visitantes recentes reportaram que o comércio de fazendas cresceu em Kaesong e Pyongyang, bem como na fronteira China-Coreia do Norte, ignorando o sistema de racionamento de alimentos. Cada vez mais investimentos externos foram criados desde 2002.<ref>Felix Abt, North Korea – A demanding business environment / Practical advice on investing and doing business, German Asia-Pacific Business Association, Hamburg, September 2009</ref> Em um evento chamado "incidente Pong Su", em 2003, um navio de carga norte-coreano, supostamente tentando contrabandear [[heroína]] da [[Austrália]] foi apreendido por oficiais australianos, reforçando suspeitas da Austrália e dos Estados Unidos de que Pyongyang se envolve no tráfico internacional de drogas. O governo norte-coreano negou qualquer envolvimento.<ref>{{Citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/4837484.stm |título=N Korean heroin ship sunk by jet |acessodata=2007-08-02 |data=2006-03-23 |obra=[[BBC News]] }}</ref>

=== Classes sociais ===
{{Artigo principal|Songbun}}
[[Imagem:North_Korea_-_Kumsusan_(5015230319).jpg|thumb|Norte-coreanos posando para uma foto em frente ao [[Palácio do Sol de Kumsusan]].]]
 		
De acordo com documentos norte-coreanos e testemunhos de refugiados, todos os norte-coreanos são classificados em grupos de acordo com [[Songbun]], um sistema de status. Com base no histórico de comportamento político, social e econômico de sua família há três gerações, bem como comportamento por parentes dentro desse sistema, Songbun é supostamente usado para determinar se uma pessoa é leal ao governo, com responsabilidade, as oportunidades dadas, ou mesmo se recebe alimentação e assistência social adequada.<ref name=NKSongbun>{{citar jornal|título=Marked for Life: Songbun, North Korea’s Social Classification System|url=http://www.nknews.org/2012/06/marked-for-life-songbun-north-koreas-social-classification-system/|acessodata=8 de junho de 2012|jornal=NK News|data=7 de junho de 2012|autor =Matthew McGrath}}</ref>
 		
Songbun afeta o acesso a oportunidades de educação e de emprego e, particularmente, se uma pessoa é elegível para participar do partido governante do país.<ref name=NKSongbun /><ref name=H-LH>{{citar livro|titulo=Kim Il-song's North Korea|ano=1999|editora=Praeger|local=Westport, Connecticut, Londres|ISBN=0-275-96296-2|pagina=3-11, 31-33|autor =Helen-Louise Hunter|coautor=foreword by Stephen J. Solarz}}</ref> Existem três grupos principais e cerca de 50 sub-grupos. De acordo com Kim Il-sung, em 1958, a "classe principal" leal constituíam 25% da população norte-coreana, a "classe vacilante" 55%, e da "classe hostil" 20%.<ref name=HRNKSongbun>{{citar livro|título=Marked for Life: Songbun, North Korea’s Social Classification System|publicadopor=Committee for Human Rights in North Korea|url=http://hrnk.org/wp-content/uploads/HRNK_Songbun_FINALFINAL.pdf|autor=Robert Collins|acessodata=8 de junho de 2012|data=6 de junho de 2012}}{{Ligação inativa|data=maio de 2019 }}</ref> O status mais elevado é concedido aos indivíduos descendentes de pessoas que participaram com Kim Il-sung na guerra contra a ocupação militar japonesa antes e durante a Segunda Guerra Mundial e para aqueles que eram trabalhadores de fábrica, operários ou camponeses a partir de 1950.<ref name=BRHLH>{{citar web|titulo=A Look at North Korean Society|url=http://www.winzigconsultingservices.com/files/samples/kq/Helen_Hunter.html|publicadopor=winzigconsultingservices.com|acessodata=8 de junho de 2011|autor=Jerry Winzig|formato=book review of ''Kim Il-song's North Korea'' por Helen-Louise Hunter}}</ref>
 		
Enquanto alguns analistas acreditam que o comércio privado recentemente debilitou o sistema Songbun, em certa medida, a maioria dos refugiados norte-coreanos dizem que continuam a ser uma presença marcante na vida cotidiana. No entanto, o governo norte-coreano afirma que todos os cidadãos são iguais e nega qualquer discriminação com base em antecedentes familiares.<ref>[http://www.kinu.or.kr/eng/pub/pub_04_01.jsp?bid=DATA04&page=1&num=32&mode=view KINU White Paper on Human Rights in North Korea 2011, p. 216, 225]</ref>

=== Turismo ===
{{Artigo principal|Turismo na Coreia do Norte}}
[[Imagem:Masikryong-Hotel-and-Lift.jpg|thumb|[[Estação de esqui]] em [[Kangwon]].]]

O [[turismo]] na Coreia do Norte é organizado pela estatal Organização de Turismo (''"Ryohaengsa"''). Cada grupo de viajantes bem como visitantes/turistas individuais são permanentemente acompanhados por um ou dois "guias", que normalmente falam o idioma materno e o idioma do turista. Enquanto o turismo tem aumentado ao longo dos últimos anos, turistas de países ocidentais continuam poucos. A maioria dos turistas vem da China, Rússia e Japão. Cidadãos russos da parte asiática preferem a Coreia do Norte como um destino turístico devido aos relativos baixos preços, falta de poluição e o clima mais quente. Para cidadãos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, é praticamente impossível obter um [[visto]] para a Coreia do Norte. Exceções a cidadãos estadunidenses são feitas para o [[Festival Arirang]] anualmente.

Na área envolta das montanhas [[Kŭmgangsan]], a companhia [[Hyundai]] estabeleceu e opera uma área turística especial. Também é possível para sul-coreanos e norte-americanos viajar para esta área, porém apenas em grupos organizados na Coreia do Sul. Uma região administrativa especial conhecida como [[Região Turística de Kumgang-san]] existe para este propósito. Viagens para esta região foram temporariamente suspensas desde que uma mulher sul-coreana, que passeava em uma zona militar foi morta a tiros por guardas da fronteira no final de 2008.<ref>{{Citar web| título = S Korea hopes DPRK to begin dialogue over S Korean tourist shot dead | publicado = chinaview.cn   | url = http://news.xinhuanet.com/english/2009-07/10/content_11686216.htm/ | acessodata = 2009-07-12}}</ref>

== Infraestrutura ==

=== Educação ===
[[Imagem:Mangyondae Schoolchildrens Palace in Pyongyang 04.jpg|esquerda|thumb|Uma jovem norte-coreana em uma [[Palácio das Crianças de Mangyongdae|escola]] de [[Mangyongdae]].]]

A educação na Coreia do Norte é controlada pelo governo e é obrigatória até o nível secundário. A educação norte-coreana é gratuita, e o Estado fornece aos estudantes não apenas instrução e facilidades educacionais, mas também uniformes e livros didáticos.<ref>[http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+kp0055) North Korea - Education Overview], Library of Congress.</ref> A [[heurística]] é altamente aplicada, a fim de desenvolver a independência e a criatividade dos alunos.<ref>[http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+kp0056) Educational themes and methods]</ref> A educação obrigatória dura onze anos, e inclui um ano de pré-escola, quatro anos da educação primária e seis anos da educação secundária. O currículo escolar norte-coreano consiste em ambos os assuntos acadêmicos e políticos.<ref>[http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+kp0057) Primary and Secondary education]</ref>

As escolas primárias são conhecidas como 'escolas do povo' e as crianças frequentam esta escola desde os seis até os nove anos de idade. Elas são, posteriormente, matriculadas em uma escola secundária regular ou uma escola secundária especial, dependendo de suas especialidades. Eles entram na escola secundária aos dez anos e deixam-na aos dezesseis.

O ensino superior não é obrigatório da Coreia do Norte. É composto de dois sistemas: ensino acadêmico e ensino superior. O sistema de ensino acadêmico inclui três tipos de instituições: universidades, escolas profissionais, e escolas técnicas. Escolas de pós-graduação para os níveis mestrado e doutorado são ligados às universidades, e servem a estudantes que quiserem continuar sua educação.<ref>{{Citar web|url=http://education.stateuniversity.com/pages/1116/North-Korea-HIGHER-EDUCATION.html|título=North Korea - Higher Education|acessodata=2008-11-18|ano=|obra=State University.com}}</ref> Duas universidades notáveis na RDPC são: a [[Universidade Kim Il-sung]] e a [[Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang]], ambas na capital norte-coreana Pyongyang. A primeira, fundada em outubro de 1946, é uma instituição elitizada cuja inscrição de 16&nbsp;000 estudantes, no início da década de 1990, ocupa, em palavras de um observador, o "regime do sistema educacional e social norte-coreano".<ref>[http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+kp0059) North Korea - Higher education.]</ref>

A Coreia do Norte é um país altamente alfabetizado, com um índice de alfabetização de 99% (dados do governo de 1991).<ref name="cia-kn">{{Citar web |url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/kn.html#Econ |título=Korea, North |acessodata=2009-09-19 |ano=2009 |obra=The World Factbook }}{{Ligação inativa}}</ref>

=== Transportes ===
[[Imagem:Tupolev Tu-204-300 of Air Koryo at Vladivostok Airport (1).jpg|thumb|direita|[[Tupolev Tu-204]] da [[Air Koryo]] no [[Aeroporto de Vladivostok]], [[Rússia]].]]
[[Imagem:DPRK M62 Naeyeon 706.jpg|thumb|Lomotiva soviética M62 na Estação de Pyongyang.]]
[[Imagem:0861 - Nordkorea 2015 - Pjöngjang - Metro (22356747973).jpg|thumb|[[Metrô de Pyongyang]]. ]]
[[Imagem:DPRK Highway.jpg|thumb|Rodovia nas proximidades de Pyongyang.]]

Há uma mistura de [[trólebus]] construídos e importados e [[bondes]] em centros urbanos na Coreia do Norte. Frotas anteriores foram obtidas na Europa e na República Popular da China, porém o embargo comercial forçou a Coreia do Norte a construir seus próprios veículos. Há ferrovias na República Popular Democrática da Coreia operadas pelo ''Choson Cul Minzuzui Inmingonghoagug'', sendo este o único operador ferroviário da Coreia do Norte. O país tem uma rede de 5&nbsp;200&nbsp;km de vias, com 4&nbsp;500&nbsp;km em bitolas padrões.<ref name="A Glimpse of North Korea's Railways">{{Citar web|url=http://dspace.dial.pipex.com/steam/trains/nkorea04.htm|título=A Glimpse of North Korea's Railways|último=Dickinson|primeiro=Rob|obra=The International Steam Pages|acessodata=2009-07-04|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080502142007/http://dspace.dial.pipex.com/steam/trains/nkorea04.htm|arquivodata=2008-05-02|urlmorta=yes}}</ref> Há uma pequena ferrovia de bitolas estreitas em operação na península de Haeju.<ref name="A Glimpse of North Korea's Railways"/> A frota de transporte ferroviário consiste em uma mistura de locomotivas elétricas e a vapor. Carros são, em sua maioria, feitos na Coreia do Norte usando os modelos soviéticos. Há algumas locomotivas do [[Império do Japão|Japão Imperial]], dos Estados Unidos, e da Europa ainda em uso. Locomotivas de segunda mão chinesas também foram avistadas em serviço.

O transporte aquático nos principais rios e ao longo das costas desempenha um papel crescente no transporte de mercadorias e passageiros. Exceto pelos rios Yalu e Taedong, a maioria das vias navegáveis no país, que totalizam 2&nbsp;253&nbsp;km, são navegáveis apenas por barcos de pequeno porte. A navegação costeira é pesada no litoral leste, cujas águas mais profundas podem acomodar navios de maiores dimensões. Os maiores portos são em [[Nampo|Nampho]] na costa oeste e [[Rason|Rajin]], [[Chongjin]], Wonsan, e [[Hamhung]] na costa leste.

A maior capacidade de carga do país na década de 1990 foi estimada de quase 35 milhões de toneladas por ano. No início dos anos 1990, a Coreia do Norte possuía uma frota mercante oceânica, em grande parte produzida internamente, de sessenta e oito barcos (de pelo menos 1&nbsp;000 toneladas brutas registradas), totalizando 465&nbsp;801 tons brutas registradas (709&nbsp;442 toneladas métricas de porte bruto (TPB)), que inclui cinquenta e oito navios de carga e dois navios-tanque. Há um investimento contínuo na modernização e expansão das facilidades portuárias, desenvolvendo o transporte — particularmente no Rio Taedong — e aumentando a quota de transporte internacional por navios nacionais.

As conexões aéreas da Coreia do Norte são limitadas. Há voos regulares a partir do Aeroporto Internacional de Sunan — 24&nbsp;km ao norte de Pyongyang — para [[Moscou]], [[Khabarovsk]], [[Pequim]], [[Macau]], [[Vladivostoque]], [[Banguecoque]], [[Cheniangue]], [[Shenzhen]] e voos privilegiados de Sunan para Tóquio, bem como para os países da Europa Oriental, o Oriente Médio, e a África. Um acordo para dar início a um serviço de Pyongyang a Tóquio foi assinado em 1990. Voos internos são disponíveis entre Pyongyang, Hamhung, Wonsan, e Chongjin. Ao todo, os aviões civis operados pelo [[Air Koryo]] totalizaram 34 em 2008, os quais foram adquiridos pela União Soviética e a Rússia. De 1976 a 1978, quatro jatos [[Tupolev Tu-154|Tu-154]] foram adicionados à pequena frota de propulsores An-24s após adicionar 4 Ilyushin Il-62M de longo alcance, 3 aviões Ilyushin Il-76MD de grande porte e 2 Tupolev Tu-204-300 de longo alcance em 2008.

Um dos poucos jeitos de entrar na Coreia do Norte é sobre a Ponte da Amizade Sino-Coreana ou via [[Panmunjeom]], a antiga travessia do [[Rio Amnok]] e o último cruzamento da Zona Desmilitarizada. Automóveis privados na Coreia do Norte são uma visão rara, mas a partir de 2008 cerca de 70% das famílias utilizavam bicicletas, que também desempenham um papel cada vez mais importante no comércio privado em menor escala.<ref>[http://www.dailynk.com/english/read.php?cataId=nk00100&num=4230 70% of Households Use Bikes], The Daily NK, 2008-10-30</ref>

=== Saúde ===
{{AP|Saúde na Coreia do Norte}}
A assistência médica e os tratamentos médicos são gratuitos na Coreia do Norte.<ref>[http://lcweb2.loc.gov/frd/cs/profiles/North_Korea.pdf Library of Congress country study], see p. 8 - Health</ref> O governo norte-coreano gasta 3% de seu produto interno bruto em saúde. Desde a década de 1950, a RDPC pôs grande ênfase à assistência médica, e entre 1955 e 1986, o número de hospitais cresceu de 285 para 2&nbsp;401, e o número de clínicas também teve um aumento de 1&nbsp;020 para 5&nbsp;644.<ref>[http://country-studies.com/north-korea/public-health.html North Korea Public Health], Country Studies</ref> Há hospitais ligados a fábricas e minas. Desde 1979, foi posta uma maior ênfase na medicina tradicional coreana, baseada no tratamento com ervas e [[acupuntura]].

[[Ficheiro:North Korea-Pyongyang Maternity Hospital-04.jpg|thumb|esquerda|Consultório de um dentista norte-coreano em um dos maiores hospitais do país.]]

O sistema de saúde da Coreia do Norte tem tido um forte declínio desde os anos 1990, devido a desastres naturais, problemas econômicos, e escassez de alimentos e energia. Muitos hospitais e clínicas norte-coreanos sofrem, agora, com a falta dos equipamentos e medicamentos essenciais, água corrente e eletricidade.<ref>{{citar jornal|título=N Korea healthcare 'near collapse'|obra=BBC News|data=2008-11-18|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/1666806.stm}}</ref>

Quase 100% da população tem acesso à água e saneamento, mas a água não é completamente potável. Doenças infecciosas como a [[tuberculose]], a [[malária]], e a [[hepatite B]] são consideradas endêmicas no país.<ref>{{Citar web|url=http://www.state.gov/p/eap/rls/rm/2003/21269.htm|título=Life Inside North Korea|acessodata=2008-11-18|obra=U.S. Department of State}}</ref>

De acordo com estimativas de 2009, a expectativa de vida da Coreia do Norte era de 63,8 anos, quase equivalente à do Paquistão e Myanmar e pouco mais baixa que a da Rússia.<ref name="Central Intelligence Agency"/>

Entre outros problemas de saúde, muitos cidadãos norte-coreanos sofrem as sequelas da desnutrição, causada pela fome e relativa ao fracasso do programa de distribuição. O ''World Food Program'' das [[Nações Unidas]], em 1998, revelou que 60% das crianças do país sofriam de desnutrição, e 16% eram gravemente desnutridas.

===Energia elétrica===
O país sofre com a estagnação energética. Atualmente, mais de 70% da geração vem de termelétricas a carvão, de forma ineficiente e abaixo da demanda. Em ranking de produção nacional de energia feito pela Agência Internacional de Energia, o país amargava a 68ª posição em 2010.<ref>http://exame.abril.com.br/mundo/crise-energetica-torna-coreia-do-norte-invisivel-a-noite/ Crise energética torna Coreia do Norte “invisível” à noite</ref>

=== Mídia ===
[[Imagem:Poster_of_Kim_Il_Sung_in_Pyongyang.jpg|thumb|A mídia estatal cultua a família Kim.]]
[[Imagem:Public newspaper reading stand in Pyongyang metro 3.jpg|thumb|Um suporte público de leitura de jornal em [[Pyongyang]].]]
A mídia da Coreia do Norte é uma das mais rigorosamente controladas do mundo. Como resultado, a informação é estritamente controlada tanto notícias internas, quanto externas. A constituição norte-coreana prevê liberdade de expressão e de imprensa; no entanto, o governo proíbe o exercício desses direitos em prática. Em seu relatório de 2008, a [[Repórteres sem Fronteiras]] classificou o ambiente da mídia na Coreia do Norte como 172 de 173, atrás apenas da [[Eritreia]].<ref name=rwb>[http://www.rsf.org/article.php3?id_article=29031 Annual Press Freedom Index] {{Wayback|url=http://www.rsf.org/article.php3?id_article=29031 |date=20081022233825 }}, accessed November 30, 2008.</ref>

Apenas notícias que favoreçam o regime são permitidas, enquanto notícias que cubram os problemas políticos e econômicos no país, ou que critiquem o regime, não são permitidas.<ref name=bbc>[http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/asia-pacific/6037715.stm "Meagre media for North Korea"], ''BBC'', October 10, 2006.</ref> A mídia defende o culto à personalidade de [[Kim Jong-un]], regularmente relatando suas atividades diárias. O principal fornecedor de notícias à mídia na RDPC é a [[Agência Central de Notícias da Coreia]]. A Coreia do Norte tem 12 principais jornais e 20 grandes revistas, todas de diferentes periodicidades e todas publicadas em [[Pyongyang]].<ref>Pervis, Larinda B. (2007). ''North Korea Issues: Nuclear Posturing, Saber Rattling, and International Mischief.'' Nova Science Publishers. p. 22. ISBN 978-1-60021-655-8.</ref> Os jornais incluem: o ''Rodong Sinmun'', o ''Joson Inmingun'', o ''Minju Choson'', e o ''Rodongja Sinmum''. Não há jornais privados.<ref>Liston-Smith, Ian. [http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/asia-pacific/6037715.stm Meagre media for North Koreans]. [[BBC News Online]]. October 10, 2006</ref>

Em novembro de 2014 a [[Sony Pictures]] anunciou o filme ''The Interview'' ([[A Entrevista]]), uma comédia com [[Seth Rogen]] (Aaron) e [[James Franco]] (Dave). O filme conta a história de um plano fictício da [[CIA]] (Central Intelligence Agency) para assassinar o ditador norte-coreano [[Kim Jong-un]]. O governo Norte Coreano afirmou que "o filme desonesto e reacionário fere a dignidade da liderança suprema da Coreia do Norte e provoca terrorismo", e por coincidência, logo depois a Sony Pictures sofreu um ataque cibernético. Por motivos de segurança a Sony Pictures então cancelou o lançamento do filme. O ato foi criticado por muitos, inclusive pelo presidente [[Barack Obama]] sob o argumento de que a liberdade de expressão estava sendo ameaçada. Em dezembro de 2014 o filme foi lançado em algumas salas de cinema e na internet — mesmo sob fortes críticas do governo norte-coreano. A agência noticiosa estatal da Coreia do Norte KCNA chegou mesmo a utilizar linguagem que pode ser interpretada como racista para se referir ao evento: "Obama é o principal culpado que forçou a ''Sony Pictures Entertainment'' a distribuir indiscriminadamente o filme. [..] Obama é sempre imprudente em palavras e atos, como um macaco numa floresta tropical".<ref>{{citar web|título= North Korea Media Calls Obama A 'Wicked Black Monkey'| url = http://www.huffingtonpost.com/2014/05/08/north-korea-obama-monkey_n_5288121.html|acessodata= 2014-12-28 }}</ref>

== Cultura ==
{| class="wikitable" style="font-size: 95%; float:right; margin:1em; border-collapse:border; text-align:center;"
|-
|+ Feriados<ref name="coreiafood">{{citar web|url=http://www.coreanorte.com/pais.php#food|título=Fechas destacadas|publicado=Corea Norte.com|acessodata=13 de janeiro de 2012}}</ref>
|-
! style="font-size: smaller;" | Data
! style="font-size: smaller;" | Nome
|-
| [[1 de janeiro]]
| [[Ano-Novo]]
|-
| [[16 de fevereiro]]
| Aniversário de [[Kim Jong-il|Kim Jong Il]]
|-
| [[15 de abril]]
| Aniversário de [[Kim Il-sung|Kim Il-Sung]]
|-
| [[1 de maio]]
| [[Dia do Trabalho]]
|-
| [[8 de julho]]
| Morte de Kim Il-Sung
|-
| [[27 de julho]]
| Dia da vitória
|-
| [[15 de agosto]]
| Dia da libertação
|-
| [[9 de setembro]]
| Dia Nacional da Fundação
|-
| [[10 de outubro]]
| Fundação do [[Partido dos Trabalhadores da Coreia|Partido]]
|-
| [[27 de dezembro]]
| Dia da construção do socialismo
|}
{{Artigo principal|Cultura da Coreia do Norte}}

A literatura e as artes da Coreia do Norte são controladas pelo Estado, sobretudo através do Departamento de Propaganda e Agitação ou Departamento de Cultura e Artes do Comitê Central do KWP.<ref>[http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+kp0051) North Korea - Contemporary Cultural Expression], Country Studies.</ref> A cultura coreana foi atacada durante governo japonês de 1910 a 1945. O Japão aplicava uma política assimilação cultural. Durante o governo japonês, os coreanos foram encorajados a estudar e falar japonês, adotar o sistema japonês de nomes de família e a [[Xintoísmo|religião xintoísta]]; foi proibido falar o escrever a [[língua coreana]] nas escolas, no trabalho, ou em praças públicas.<ref>{{citar livro| url=http://memory.loc.gov/frd/cs/kptoc.html |capítulo=The Rise of Korean Nationalism and Communism |primeiro =Bruce G. |último =Cumings |título=A Country Study: North Korea |publicadopor=Library of Congress | id=Call number DS932 .N662 1994}}</ref> Além disso, o Japão alterou e destruiu vários monumentos coreanos incluindo o Palácio [[Gyeongbokgung|Gyeongbok]] e documentos que retratavam os japoneses em um ponto de vista negativo.

Em julho de 2004, o [[Complexo de Túmulos Koguryo]] tornou-se o primeiro local do país a ser incluindo na lista da UNESCO de Patrimônios Mundiais.<ref>[http://whc.unesco.org/en/list/1091 Site oficial da UNESCO] ''Página acessada em 17 de outubro de 2009.''</ref> Em 26 fevereiro de 2008, a [[Orquestra Filarmônica de Nova Iorque]] tornou-se o primeiro grupo musical dos Estados Unidos a fazer uma performance na Coreia do Norte,<ref>{{Citar web|url=http://www.cnn.com/2008/WORLD/asiapcf/02/26/nyphilharmonic.nkorea/index.html |título=Americans in Pyongyang Perform |acessodata=2008-02-26 |autor=CNN }}</ref> ainda que escolhidos a dedo os "convidados da audiência".<ref>{{Citar web|url=http://www.huffingtonpost.com/ben-rosen/letter-from-north-korea-_b_88413.html |título=Letter From North Korea -- Update |acessodata=2008-12-01 |autor=Ben Rosen}}</ref> O concerto foi transmitido pela televisão nacional.<ref>.[http://uk.reuters.com/article/worldNews/idUKSEO3031620080226 Musical diplomacy as New York Phil plays Pyongyang], Reuters, 26 february 2008</ref>

Um evento popular na Coreia do Norte são os Mass Games. O maior e mais recente Mass Games foi chamado de ''"Arirang"''. Foi realizado em seis noites por semana durante dois meses, e envolveu cerca de 100&nbsp;000 artistas. Participantes desde evento dos últimos anos alegam que os sentimentos antiocidentais têm sido atenuados, em comparação a performances anteriores. O Mass Games envolve artistas de dança, ginástica, e performances coreográficas, que celebra a história da Coreia do Norte e a Revolução do Partido dos Trabalhadores. O Mass Games é feito em Pyongyang, em vários locais (que variam de acordo com a escala dos Jogos em um ano em particular) incluindo o [[Estádio Rungrado May Day]], que é o maior estádio do mundo, com capacidade de 150&nbsp;000 pessoas.<ref>[http://www.worldstadiums.com/stadium_pictures/asia/north_korea/pyongyang_may_day.shtml World Stadiums - Rungrado May Day Stadium] ''Página acessada em 17 de outubro de 2009.''</ref>

=== Arquitetura ===
[[Imagem:Taedong_Gate,_Pyongyang.jpg|thumb|[[Taedongmun]], um exemplo da arquitetura coreana tradicional.]]

A [[arquitetura]] pré-moderna da Coreia pode ser dividida em dois estilos principais: aquela que é utilizada nas estruturas de [[palácio]]s e [[templo]]s e a utilizada nas casas comuns das pessoas (a qual apresenta variações locais). Os antigos [[arquiteto]]s adotaram um sistema de suporte que se caracteriza por [[telhado]]s de [[palha]] e pisos simples denominados ''[[ondol]]''. As classes altas construíam casas altas com telhados feitos de [[telha]]s normais. Todavia há muitos sítios, como as aldeias folclóricas de ''Hahoe'', ''Yangdong'' e ''Coreia'', onde se conserva a arquitetura tradicional do país.<ref>{{Citar web|url=http://www.koreatimes.co.kr/www/news/art/2010/03/148_63378.html|titulo=Exhibit Focuses on Traditional Architecture|autor=Chung Ah-young|acessodata=24 de novembro de 2010|data=31 de março de 2010|publicado=Korea Times|lingua=inglês|arquivourl=https://www.webcitation.org/65d0exhwg?url=http://www.koreatimes.co.kr/www/news/art/2010/03/148_63378.html|arquivodata=2012-02-21|urlmorta=no}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://park.org/Korea/Pavilions/PublicPavilions/KoreaImage/e-information/life/tradi-03.html|titulo=Korean traditional houses|acessodata=24 de novembro de 2010|obra=park.org|publicado=Internet 1996 World Exposition|lingua=inglês|arquivourl=https://www.webcitation.org/65d0lIcY8?url=http://park.org/Korea/Pavilions/PublicPavilions/KoreaImage/e-information/life/tradi-03.html|arquivodata=2012-02-21|urlmorta=no}}</ref>

A arquitetura tradicional coreana utiliza a [[técnica]] tradicional do ''Dancheong'', caracterizada pela seleção de cores que era usada para cobrir as construções dos antigos reinos coreanos, nomeadamente as pinturas murais das antigas tumbas reais: o [[vermelho]], [[azul]], [[amarelo]], [[branco]] e [[preto]]. Estas cores foram utilizadas por suas propriedades especiais ante os fenômenos naturais, como o vento, sol, chuva e calor.<ref>{{citar web|url=http://spanish.korea.net/detail.do?guid=29241|titulo=Arte decorativo|autor=Governo da Coreia|data=2010|publicado=Korea.net|acessodata=31 de maio de 2010|língua=espanhol|arquivourl=https://www.webcitation.org/6ZSVsHMTY?url=https://web.archive.org/web/20111016141305/http://spanish.korea.net/detail.do?guid=29241|arquivodata=2015-06-21|urlmorta=yes}}</ref>

=== Literatura ===

Todas as editoras são de propriedade do governo ou do Partido dos Trabalhadores da Coreia, uma vez que são consideradas uma ferramenta importante de [[agitprop]].<ref>North Korea Handbook 2003, p. 423–424.</ref> A [[Casa dos Editores do Partido dos Trabalhadores da Coreia]] é a mais relevante dentre estas e publica todas as obras de Kim Il-sung, entre os quais, materiais educacionais ideológicos e documentos de política partidária.<ref>North Korea Handbook 2003, p. 424</ref> A disponibilidade de literatura estrangeira é limitada, com exceções para contos de fadas indianos, alemães, chineses e russos, contos de [[Shakespeare]] e algumas obras de [[Bertolt Brecht]] e [[Erich Kästner]].<ref name="Art world">{{citar web|url=http://www.atimes.com/atimes/Korea/NF16Dg02.html|titulo=A window into North Korea's art world|autor = Michael Rank |data = 16 de junho de 2012|publicado = Asia Times |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130326075320/https://www.atimes.com/atimes/Korea/NF16Dg02.html|arquivodata = 26 de março de 2013|acessodata = 14 de julho de 2014}}</ref>
[[Ficheiro:North Korea (5015250703).jpg|thumb|Uma livraria norte-coreana com obras de [[Kim Il-sung]] e [[Kim Jong-il]].]]

As obras pessoais de Kim Il-sung são consideradas "obras-primas clássicas", enquanto as criadas sob sua instrução são rotuladas de "modelos da literatura Juche". Estes incluem ''The Fate of a Self-Defense Corps Man'', ''The Song of Korea'' e ''Immortal History'', uma série de romances históricos que descrevem o sofrimento dos coreanos sob ocupação japonesa.<ref name="LCCS Culture">{{citar web|url=http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+kp0051) |titulo = Contemporary Cultural Expression |publicado = Library of Congress Country Studies |data = 1993 |acessodata = 3 de julho de 2014 |arquivourl = https://archive.today/20121213083249/lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+kp0051) |arquivodata = 13 de dezembro de 2012}}</ref><ref name="LCCS Lit">{{citar web|url = http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+kp0052)|titulo = Literature, Music, and Film |publicado = Library of Congress Country Studies |data = 1993|acessodata = 14 de julho de 2014}}</ref> Mais de quatro milhões de obras literárias foram publicadas entre a década de 1980 e o início da década de 2000, mas quase todas pertencem a uma estreita variedade de gêneros políticos, como "a primeira literatura revolucionária do exército".<ref>North Korea Handbook 2003, p. 475.</ref>

A [[ficção científica]] é considerada um gênero secundário porque se afasta um pouco dos padrões tradicionais de descrições detalhadas e metáforas do líder. Os cenários exóticos das histórias dão aos autores mais liberdade para descrever guerra cibernética, violência, abuso sexual e crime, ausentes em outros gêneros. Os trabalhos de ficção científica glorificam a tecnologia e promovem o conceito Juche de existência antropocêntrica através de representações de robótica, exploração espacial e imortalidade.<ref>{{citar web|url=http://sinonk.com/2013/09/25/from-pyongyang-to-mars-sci-fi-genre-and-literary-value-in-north-korea/ |titulo = Benoit Symposium: From Pyongyang to Mars: Sci-fi, Genre, and Literary Value in North Korea |publicado = SinoNK |data = 25 de setembro de 2013 |acessodata = 14 de julho de 2014 |arquivourl = https://web.archive.org/web/20140613021918/http://sinonk.com/2013/09/25/from-pyongyang-to-mars-sci-fi-genre-and-literary-value-in-north-korea/ |arquivodata = 13 de junho de 2014}}</ref>

=== Gastronomia ===
[[Imagem:DCNM12.jpg|thumb|esquerda|[[Bulgogi]], um prato coreano preparado com carne de [[Gado bovino|vaca]] ou de [[Carne de porco|porco]].]]

A cozinha coreana, ''hanguk yori'' (한국요리, 韓國料理), ou ''hansik'' (한식, 韓食), tem evoluído através de séculos de mudanças sociais e políticas.<ref name=hansik>{{citar web|url=http://spanish.korea.net/detail.do?guid=29188|titulo=Hansik (Comida tradicional de Corea)|autor=Governo da Coreia|data=2010|publicado=Korea.net|acessodata=31 de maio de 2010|língua=espanhol|arquivourl=https://www.webcitation.org/6ZSWRPmev?url=https://web.archive.org/web/20111016172053/http://spanish.korea.net/detail.do?guid=29188|arquivodata=2015-06-21|urlmorta=yes}}</ref> Os ingredientes e pratos variam conforme a cultura de cada província. Existem muitos pratos regionais significativos que têm proliferado com diferentes variações em todo país. A cozinha da corte real coreana chegou a reunir todas as especialidades regionais únicas para a família real. Por muito tempo, o consumo de alimentos foi regulado por uma série de modos e costumes, tanto para os membros da família real, quanto para os camponeses coreanos.<ref name=hansik/>

A cozinha coreana se baseia em grande parte em [[arroz]], [[Talharim|talharins]], [[tofu]]s, [[Hortaliça|verduras]], [[peixe]]s e [[carne]]s.<ref name=hansik/> A comida tradicional coreana se caracteriza pelo número de acompanhamentos, ''banchan'' (반찬), que são servidos junto com o arroz de grão curto fervido. Cada prato é acompanhado por numerosos ''banchan''. Entre os pratos tradicionais mais consumidos estão o ''[[bulgogi]]'', o ''[[bibimbap]]'' e o ''[[galbi]]''.<ref>{{citar web|url=http://spanish.korea.net/detail.do?guid=29305|titulo=Qué comer|autor=Governo da Coreia|data=2010|publicado=Korea.net|acessodata=31 de maio de 2010|língua=espanhol|arquivourl=https://www.webcitation.org/6ZSWUDguD?url=https://web.archive.org/web/20111016172724/http://spanish.korea.net/detail.do?guid=29305|arquivodata=2015-06-21|urlmorta=yes}}</ref>

O [[chá]] é uma parte importante da gastronomia nacional, e a [[Cerimónia do chá|cerimônia do chá]] é uma das tradições mais arreigadas da população. Os chás do país são preparados com [[Cereal|cereais]], [[Fitoterapia|ervas medicinais]], [[semente]]s e [[fruto]]s.<ref>{{citar web|url=http://spanish.visitkorea.or.kr/spa/FO/FO_SP_6_2_3.jsp|titulo=Tés Tradicionales|autor=Organização de Turismo da Coreia|data=2010|publicado=Visit Korea.or.kr|acessodata=17 de junho de 2010|língua=espanhol|arquivourl=https://archive.today/20120802092258/http://spanish.visitkorea.or.kr/spa/FO/FO_SP_6_2_3.jsp|arquivodata=2012-08-02|urlmorta=yes}}</ref> As [[Bebida alcoólica|bebidas alcoólicas]] são feitas a partir dos cereais desde antes do século&nbsp;IV. Entre os principais licores sul-coreanos, encontram-se o ''takju'' (não refinado), o ''cheongju'' (medicinal) e o ''soju'' (licor destilado). O ''takju'' é a base para a fabricação de outras bebidas regionais, aumentando ou diminuindo o tempo de fermentação.<ref>{{citar web|url=http://spanish.visitkorea.or.kr/spa/FO/FO_SP_6_2_2.jsp|titulo=Licores y Vinos Tradicionales|autor=Organização de Turismo da Coreia|data=2010|publicado=Visit Korea.or.kr|acessodata=17 de junho de 2010|língua=espanhol|arquivourl=https://archive.today/20121219230620/http://spanish.visitkorea.or.kr/spa/FO/FO_SP_6_2_2.jsp|arquivodata=2012-12-19|urlmorta=yes}}</ref>

=== Esportes ===
[[Imagem:North Korea - Arirang (5015832858).jpg|thumb|Espetáculo durante o [[Festival Arirang]] no [[Estádio Rungrado May Day]], na capital norte-coreana.]]
A primeira participação da Coreia do Norte nos Jogos Olímpicos de Verão ocorreu em [[Jogos Olímpicos de Verão de 1972|1972]], realizado na cidade alemã de [[Munique]], na Alemanha Ocidental, conquistando cinco medalhas, entre elas, uma de ouro. Quatro anos depois, em Montreal, o país conseguiu uma medalha de ouro e uma de prata no [[boxe]], e obteve cinco medalhas no boxe, [[freestyle wrestling|luta livre]], e no [[levantamento de peso]] em Moscou. Em 1984, o país integrou o bloco do leste nos [[Jogos de Los Angeles]], e quatro anos depois, também boicotou os de 1988 em [[Seul]], devido à indisponibilidade da Coreia do Sul em ser sede do evento junto com a Coreia do Norte. Apesar da maioria dos países socialistas terem boicotado os Jogos em 1984, apenas [[Cuba]] se solidarizou no boicote de 1988.<ref>{{Citar web| título = Seoul 1988 Games of the XXIV Olympiad - Did you know?| url=http://www.olympic.org/uk/games/past/innovations_uk.asp?OLGT=1&OLGY=1988|obra=www.olympic.org| acessodata = 2007-10-07 }}</ref> A Coreia do Norte retornou aos Jogos em [[Jogos Olímpicos de Verão de 1992|1992]], em [[Barcelona]], conquistando inéditas nove medalhas, sendo quatro delas de ouro.<ref>{{citar web|url=http://cbn.globoradio.globo.com/grandescoberturas/olimpiadas-2012/2012/05/30/BARCELONA-1992.htm#Quadro|título=Barcelona, 1992|publicado=[[Central Brasileira de Notícias|CBN]]|acessodata=12 de janeiro de 2013}}</ref>

[[Imagem:FIFA World Cup 2010 Brazil North Korea 9.jpg|thumb|A [[Seleção Norte-Coreana de Futebol|Coreia do Norte]] jogando contra o [[Seleção Brasileira de Futebol|Brasil]] durante a [[Copa do Mundo FIFA de 2010]], na [[África do Sul]].]]

Nos Jogos de [[Jogos Olímpicos de Verão de 2000|Sydney em 2000]] e [[Jogos Olímpicos de Verão de 2004|Atenas em 2004]], a Coreia do Norte e a Coreia do Sul marcharam juntas pela primeira vez nas cerimônias de abertura e de encerramento sob a [[Bandeira da unificação coreana|Bandeira de Unificação Coreana]]. Isso aconteceu nestas duas edições, mas não em [[Pequim 2008]], pois as tensões políticas se deterioraram novamente,<ref name="Unif">{{citar web|url=http://www.sailing.org/news/9375.php|titulo=North and South Korea to march together at the Opening Ceremony of the Athens Games|autor=Sailing.org|língua=inglês|data=5 de julho de 2004|acessodata=17 de junho de 2009}}</ref> e ambas competiram separadamente.<ref>[http://news.hankooki.com/lpage/sports/200807/h2008072903033791910.htm]{{Wayback|url=http://news.hankooki.com/lpage/sports/200807/h2008072903033791910.htm|date=20110613222943}}<span> 한국일보 : [니하오! 베이징</span>&#x5D;<span> 한국 176번째, 북한은 177번째 입장 外</span></ref> A Coreia do Norte conquistou medalhas em todos os Jogos Olímpicos que disputou.<ref name="Olymp">{{Citar web|url=http://www.olympic.org/en/content/National-Olympic-Committees/democratic-peoples-republic-of-korea/|titulo=Democratic People's Republic of Korea|autor=Olumpic.org|língua=inglês|data=5 de julho de 2004|acessodata=17 de junho de 2009}}</ref>

A Coreia do Norte participou de diversos Jogos Olímpicos de Inverno,<ref name="Olymp"/> competindo pela primeira vez nos [[Jogos Olímpicos de Inverno de 1964]], realizado na cidade austríaca de [[Innsbruck]]. O atleta norte-coreano [[Pil-Hwa Han]] ganhou uma medalha de prata na [[patinação de velocidade]] de 3&nbsp;000 m. Outra medalha ganha pela Coreia do Norte em Jogos Olímpicos de Inverno foi uma medalha de bronze em 1992, nos [[Jogos Olímpicos de Inverno de 1992|Jogos Olímpicos de Albertville]], quando [[Ok-Sil Hwang]] conseguiu a terceira colocação na patinação de velocidade sobre pista curta 500 m. O Norte e o Sul novamente marcharam juntas sob a Bandeira da Unificação nos Jogos de [[Turim]], em 2006.

Pelo futebol, a [[Seleção Norte-Coreana de Futebol]] já foi medalhista de ouro nos [[Jogos Asiáticos de 1978]], na [[Universíada de Verão de 2003]] e na [[Universíada de Verão de 2007]] pelo futebol feminino. Em [[Copa do Mundo FIFA|Copas do Mundo FIFA]], a seleção participou de duas edições: a primeira em [[Copa do Mundo FIFA de 1966|1966]], onde teve um bom retrospecto, tendo chegado às quartas-de-final da competição, ao eliminar a poderosa [[Seleção Italiana de Futebol|seleção italiana]];<ref>{{citar web|url=http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-2014/eliminatorias/coreia-do-norte-volta-a-copa-do-mundo-depois-de-44-anos,4da898eb320aa310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html|título=Coreia do Norte volta à Copa do Mundo depois de 44 anos|data=17 de junho de 2009|publicado=[[Terra Networks]]|acessodata=12 de janeiro de 2013}}</ref> a segunda foi em [[Copa do Mundo FIFA de 2010|2010]], foi sorteada no chamado "grupo da morte", onde disputaria a classificação com o [[Seleção Brasileira de Futebol|Brasil]], [[Seleção Portuguesa de Futebol|Portugal]] e [[Seleção Marfinense de Futebol|Costa do Marfim]]. Ocorreu que a seleção perdeu o primeiro jogo para a seleção brasileira por 2 a 1, perdeu para a seleção portuguesa por 7 a 0 e perdeu para a seleção marfinense por 3 a 0, sendo assim, desclassificada na primeira fase, como a pior seleção no campeonato,<ref>{{citar web|url=http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/coreia-do-norte/noticia/2010/06/norte-coreanos-voltam-para-casa-apos-deixarem-copa-com-3-derrotas.html|título=Norte-coreanos voltam para casa após deixarem a Copa com 3 derrotas|data=29 de junho de 2010|publicado=[[GloboEsporte.com]]|acessodata=12 de janeiro de 2013}}</ref> marcando um gol e tomando 12. Segundo dissidentes do país e agentes do serviço de espionagem da Coreia do Sul, os jogadores e inclusive o técnico da seleção teriam sofrido violações dos direitos humanos em punições devido à má campanha durante a Copa do Mundo FIFA de 2010.<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/esportes/fifa-vai-investigar-suposta-punicao-jogadores-da-coreia-do-norte-apos-copa-2967145|título=Fifa vai investigar suposta punição a jogadores da Coreia do Norte após a Copa|data=11 de agosto de 2010|publicado=''[[O Globo]]''|acessodata=12 de janeiro de 2013}}</ref>

== Ver também ==
* [[Coreanos]]
* [[Drama coreano]]
* [[Demografia da Coreia do Norte]]
* [[Demografia da Coreia do Sul]]
* [[Internet na Coreia do Norte]]
* [[Kwangmyŏngsŏng-2]]
* [[Língua de sinais coreana]]
* [[Lista de Estados comunistas atuais]]
* [[Missões diplomáticas da Coreia do Norte]]
* [[Nodong-1]]
* [[Programa nuclear norte-coreano]]

{{referências}}

=== Bibliografia ===
{{refbegin|2}}
*{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books/about/The_History_of_the_World.html?id=A2cfZkU5aQgC&redir_esc=y|título=The History of the World|último1=Roberts|primeiro1=John Morris|último2=Westad|primeiro2=Odd Arne|publicado=Oxford University Press|ano=2013|isbn=9780199936762|local=Nova Iorque|página=1206|acessodata=17 de abril de 2020|ref={{sfnRef|Roberts & Westad 2013, p. 443}}}}
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* {{Link|en|2=http://naenara.com.kp/en/|3=Portal Oficial do Governo da Coreia do Norte (Naenara)}}
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* {{Link|en|2=http://www.uriminzokkiri.com/index.php?ptype=english|3=Página do Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia (Uriminzokkiri)}}
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